Tito Eugênio assume a Prefeitura de Riacho de Santana por determinação do STF
João foi afastado após a Polícia Federal deflagrar a sétima fase da Operação Overclean, que investiga uma organização criminosa.
RIACHO DE SANTANA — Após operação da Polícia Federal que levou ao afastamento do prefeito de Riacho de Santana, na região sudoeste da Bahia, João Vítor Martins Laranjeira, mais conhecido como Dr. João Vitor (PSD), o vice-prefeito Tito Eugênio Cardoso de Castro (Pode), 66 anos, assumiu o cargo.
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O prefeito foi afastado na última quinta-feira (16), após a Polícia Federal deflagrar a sétima fase da Operação Overclean, que investiga uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
João Vítor seria sócio do deputado Dal Barreto (União), alvo da mesma operação. O afastamento foi determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Nunes Marques. Na decisão, o magistrado proíbe João Vitor de entrar no prédio da prefeitura ou em qualquer outra dependência.
Na decisão, o magistrado explica que o afastamento não implica a perda do cargo de prefeito e que é apenas um afastamento. “Neste caso, o vice-prefeito, Tito Eugênio, assume de forma automática como prefeito interino”, diz um trecho da decisão.
A decisão do ministro do STF foi lida no plenário da Câmara de Riacho de Santana, durante a sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira (20). A Prefeitura não emitiu nenhuma nota de esclarecimento.
Tito foi preso em 2016 por suspeita de desvio de verba pública federal do transporte escolar para sua família. Em abril de 2024, Tito renunciou sob o argumento do melhor para o município.
Tito se elegeu prefeito entre os anos de 1989 a 1992, voltando ao cargo para dois mandatos consecutivos entre 1997 e 2004, e para mais dois mandatos entre 2009 e 2016.