Brasil vence Áustria
No fim, Neymar aproveitou a substituição para encerrar qualquer polêmica sobre a braçadeira de capitão. Ao deixar o campo, caminhou até Thiago Silva e o cedeu o posto ao defensor. Após o apito final, vibração de todo o grupo brasileiro.
Prazer, Roberto Firmino! Para o torcedor brasileiro que não conhecia esse alagoano de apenas 23 anos, o golaço marcado no triunfo por 2 a 1 sobre a Áustria, nesta terça-feira, no Ernst Happel Stadium, em Viena, o credenciou a ter novas oportunidades na renovada equipe nacional do técnico Dunga. David Luiz, de cabeça, marcou o outro. Dragovic, de pênalti, diminuiu a diferença, balançando pela primeira vez a rede do time canarinho desde a Copa do Mundo.
Quem também roubou a cena foi o zagueiro Thiago Silva. Após as declarações de que estava chateado por ter perdido o posto de capitão e a titularidade da Seleção, o jogador acabou entrando aos 26 minutos do primeiro tempo após lesão muscular do titular Miranda. No fim, ele ainda recebeu a braçadeira de Neymar, que foi substituído aos 47 da etapa final.
O último treinador a vencer as seis primeiras partidas no comando da Seleção foi João Saldanha, em 1969. Depois, ele chegou a 13 vitórias. O Brasil só volta a campo em 2015. Em março, o time canarinho fará dois amistosos, um deles contra a França, em Paris. O outro confronto ainda não foi definido.
O Brasil demorou para encontrar-se em campo. Teve muitas dificuldades para superar a forte marcação dos austríacos, que marcavam com dez atletas de linha atrás da linha do meio de campo. As quatro primeiras finalizações foram dos donos da casa. Em uma delas, Okotie
mandou para a rede pelo alto, mas usou as mãos. Em outra, após desvio de Luiz Gustavo, a bola acertou a trave de Diego Alves. Porém, o lance já estava parado por conta de um impedimento.
Aos 26, Miranda sentiu a parte posterior de coxa e deu lugar a Thiago Silva. Era o que o defensor precisava para tentar deixar outra impressão ao técnico Dunga após causar polêmica por afirmar que estava chateado com a perda da braçadeira de capitão e da titularidade na equipe nacional. Não comprometeu na etapa final e ainda viu o Brasil finalizar pela primeira vez aos 33 minutos.
Oscar bateu de fora da área para defesa do goleiro Almer. O lance acordou a Seleção que passou a dominar a partida e a arriscar mais as finalizações. David Luiz ainda teve a chance de marcar em cobrança de falta, mas a bola passou rente ao travessão da Áustria, que era empurrada pelos mais de 48 mil torcedores que compareceram ao estádio em Viena.
Na volta para o segundo tempo, o panorama de dificuldades para chegar ao gol austríaco não mudou. Disposto a alterar o time para chegar ao resultado, Dunga apostou nas entradas de Roberto Firmino e Douglas Costa nas vagas de Luiz Adriano e Willian. E deu certo. Após lance do ex-jogador do Grêmio, escanteio para o Brasil. Aos 18, Oscar cobrou e David Luiz fez o primeiro.
O Brasil seguiu jogando melhor, tocando mais a bola. Mas acabou sofrendo o empate após pênalti de Oscar. O zagueiro Dragovic bateu e acabou com a invencibilidade de gols da Seleção. Quando parecia que a partida terminaria empatada, o novato Roberto Firmino recebeu na intermediária e soltou a bomba. Um golaço nos 48 minutos em que atuou pela Seleção em dois jogos.
No fim, Neymar aproveitou a substituição para encerrar qualquer polêmica sobre a braçadeira de capitão. Ao deixar o campo, caminhou até Thiago Silva e o cedeu o posto ao defensor. Após o apito final, vibração de todo o grupo brasileiro.