MPT investiga fazenda após segunda morte de funcionário em São Desidério

Diego Rodrigues da Badia, de 27 anos, natural do Paraná, morreu após ser atingido por um choque elétrico, na Fazenda Guarani.

SÃO DESIDÉRIO — Uma fazenda localizada na zona rural de São Desidério, oeste da Bahia, está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT), após registrar ma segunda morte de funcionário. Diego Rodrigues da Badia, de 27 anos, natural do Paraná, morreu após ser atingido por um choque elétrico, na Fazenda Guarani.

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Diego morreu minutos após ser socorrido para um posto de saúde, próximo da propriedade rural do fazendeiro Belmiro Catalan, um dos maios produtores de grãos da região. Depois da segunda morte, a procuradora do MPT, Camilla Mello, ressalta que esse “é o segundo acidente de trabalho fatal ocorrido em menos de um ano na mesma fazenda.

Ela informou que o primeiro acidente já é objeto de ação civil pública”. No ano passado, Catelan voltou a ser investigado pelo MPT após o acidente de um trabalhador em sua fazenda.

Tácio da Silva morreu após ser esmagado por uma empilhadeira em seu primeiro dia
de serviço como operador da máquina. Por isso, o MPT moveu ação civil pública, que resultou em um acordo judicial, em que o fazendeiro se comprometeu a indenizar a sociedade em R$ 500 mil.

A maior parte deste valor foi revertida a pedido do MPT para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. “Ele indenizou não só a família da vítima, mas a sociedade pelos danos causados”, informou o MPT.

O acordo firmado por Catalan prevê ainda que o fazendeiro adote uma série de medidas, “tanto na Fazenda Guarani quanto em todas as suas outras propriedades, que possam garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para seus empregados diretos e indiretos”.

“O acordo inclui um cronograma para implantação de medidas de segurança, tais como sinalização, treinamento e capacitação, rotinas de prevenção de acidentes, programa de identificação de riscos e uma série de outras normas previstas na legislação e que não vêm sendo cumpridas”, diz o MPT.

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