MP denuncia filhos acusados de matar o próprio pai na zona rural de Malhada
O MP denunciou Amilton Guedes Costa Júnior e Emanoel Nogueira Costa, acusados de assassinar o próprio pai, Amilton Guedes Costa.
MALHADA — O Ministério Público da Bahia (MPBA) denunciou Amilton Guedes Costa Júnior e Emanoel Nogueira Costa, acusados de assassinar o próprio pai, Amilton Guedes Costa, conhecido como Canário, 51 anos.
O Portal Folha do Vale está nos Canais do WhatsApp; veja como participar. Pelo nosso canal você recebe notícias atualizadas de hora em hora.
Canário foi assassinado no dia 29 de março, no Assentamento Bela Vista, região do distrito de Canabrava, na cidade de Malhada, na região sudoeste da Bahia. A Polícia Civil concluiu inquérito sobre a morte de Canário e apontava para legítima defesa.
Ao fazer a denúncia, a representante do MP, Michely Queiroz de Oliveira, reconheceu a existência de justa causa, consubstanciada na presença de elementos de materialidade e indícios suficientes de autoria. Amilton Guedes Costa Júnior foi denunciado pela prática do crime previsto no Art. 121, §2º, III, do Código Penal, na forma do art. 29 c/c art. 61, alínea “e”, ambos do Código Penal.
Emanuel Nogueira Costa foi denunciado pela prática do crime previsto no Art. 121, §2º, III, do Código Penal, na forma do art. 29, §1°, c/c art. 61, alínea “e”, ambos do Código Penal. Os artigos 121 e 29 do Código Penal se referem ao crime de homicídio, com o artigo 121 definindo o crime e o artigo 29 tratando da participação de mais de uma pessoa na sua execução.
O artigo 121 descreve o homicídio (simples e qualificado) e o parágrafo 29 estabelece a regra de que os participantes de um crime são, em regra, punidos de forma semelhante ao autor, embora com penalidades que podem variar.
Após a conclusão do inquérito, um irmão da vítima questionou se os sobrinhos agiram mesmo em legítima defesa, por que a preocupação em retirar os cartões de memória das câmeras e levar o celular da vítima consigo?
Ele explicou que imagens poderiam esclarecer de forma definitiva o que realmente aconteceu. Com a decisão do MP, Zenildo Guedes Costa espera que a justiça seja feita.
De acordo com a advogada da família da vítima, o MP entendeu que houve dolo, por isso, requereu que o juiz aceite a denúncia. O MP solicitou que os acusados fossem pronunciados ao final da primeira fase do processo e sejam posteriormente julgados pelo tribunal do júri.