Caos na saúde da microrregião de Guanambi

Os recursos para shows e eventos são liberados com rapidez, porém, quando se trata da reposição de um aparelho de ressonância!

GUANAMBI — É difícil compreender como o Governo do Estado ainda não conseguiu solucionar a crise da saúde pública na microrregião de Guanambi, no sudoeste da Bahia. A cidade, que funciona como polo regional, é responsável pelo atendimento de pacientes de cerca de 40 municípios, alcançando uma população próxima de 1 milhão de pessoas.

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A situação da Policlínica Regional, que atende 23 cidades, é alarmante. Equipamentos essenciais, como os aparelhos de ressonância magnética e mamografia, encontram-se quebrados, obrigando pacientes a recorrerem a rifas e campanhas solidárias para realizar exames básicos e indispensáveis.

No Hospital Geral de Guanambi (HGG), o cenário não é diferente. A unidade enfrenta superlotação constante e também está sem aparelho de ressonância. É inadmissível que pacientes, ao necessitarem de regulação, ainda tenham que apelar a políticos para conseguir atendimento ou, pior, acabem morrendo à espera do chamado na conhecida “fila da morte”.

Enquanto isso, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) percorre municípios do estado participando de eventos, registrando selfies e autorizando investimentos milionários em festas. A impressão que fica para a população é clara: para o governo, investir em entretenimento tem sido prioridade maior do que salvar vidas.

Os recursos para shows e eventos são liberados com rapidez, porém, quando se trata da reposição de um aparelho de ressonância — cujo custo gira em torno de meio milhão de reais — o discurso oficial é de falta de recursos. Diversos municípios do sudoeste receberam verbas da Sufotur para festas, enquanto a população segue desassistida no que há de mais básico: o direito à saúde.

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