Vereadores descartam projeto que viabilize reeleição de presidente da Câmara de Carinhanha

Em dezembro de 2010, a então vereadora Evania das Neves foi reeleita para o biênio 2011/2012, mas a eleição foi questionada na justiça.

CARINHANHA – A menos de quatro meses da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Carinhanha, vereadores admitiram nos bastidores pela primeira vez uma movimentação para tentar emplacar um velho projeto que viabilize à reeleição do petista Woshington Alves dos Santos.

A ideia tem entusiastas, contudo, os vereadores admitem que o projeto votado em 2010 foi alvo de disputa judicial. Em dezembro de 2010, a então vereadora Evania das Neves foi reeleita para o biênio 2011/2012, mas a eleição foi questionada na justiça pelos vereadores da oposição que considerou inconstitucional.

A oposição alegou que o projeto de reeleição precisaria de duas sessões para ser votado, no entretanto, foi votado em apenas uma sessão. Quase doze anos depois o projeto poderá ser discutido pelos parlamentares, no entanto, não há consenso.

Para vereadores ouvidos pela reportagem do Portal Folha do Vale, o projeto poderia ser aprovado com muita facilidade, já que conta com 8 votos, porém tiraria da disputa o vereador Antônio Carlos Pereira de Carvalho, aliado ex-prefeito Geraldo Pereira Costa (Piau).

Dos 11 vereadores eleitos no pleito de 2020, o grupo de Piau os vereadores Antônio Carlos, Euvaldo e Dona Didi, João Galego, Ricardinho dos Teclados. O grupo de Piau foi responsável pela eleição Woshington Alves, já que o grupo da prefeita Francisca Alves Ribeiro (Chica do PT), elegeu três vereadores: Dardian, Dr. Woshington Alves e Fábio Guerra.

O grupo do ex-candidato Adilhermilson Soares Cardoso, Léo do Luana, principal grupo opositor conta com os vereadores Edivaldo Melo, Pí do Luana e Mundinho da Oficina. Em tese o grupo de Chica do PT conta com quatro vereadores, já que Juthaí Boca Rica mesmo sendo eleito no grupo do ex-prefeito Paulo Elísio Cotrim (Paulo da Yonara, tem forte afinidade com o atual presidente.

Para ser aprovado, o projeto precisa da maioria dos votos e precisa de dois turnos. Vereadores afirmam que aprovar o projeto para reconduzir o atual presidente ao cargo não é viável, ainda mais restando dois anos para a eleição de 2024.

De acordo com um ex-vereador, na legislatura passada foi feita uma mudança no Regimento Interno da Casa e na Lei Orgânica, isso porque existia uma brecha. “Caso alguém queira ressuscitar o projeto de reeleição, terá que iniciar do zero por conta dessa modificação, além disso, o projeto precisa ser colocado um ano antes”, disse um ex-vereador.

Em entrevista recente ao programa “Café com Notícias”, da rádio Pontal FM, o presidente da Câmara se esquivou quando questionado sobre o assunto.

Deixe seu comentário