Presos que já cumpriram penas ainda continuam detidos em Carinhanha
Para um grupo de advogados, Carinhanha é o retrato do abandono. “O Estado virou as constas para Carinhanha, enquanto isso, o povo sofre com o descaso”, finalizou.
Cada preso no sistema carcerário da cadeia pública de Carinhanha, no Oeste da Bahia, custa ao Estado R$ 300,00 por mês, totalizando 3.600,00 por ano, de acordo com estimativa feita pelo portal Folha do Vale. Pelas contas, apenas com livramento condicional e progressão para prisão domiciliar de presos que já deveriam ter sido liberados, mas seguem cumprindo pena, a economia aos cofres públicos seria grande.
Um levantamento realizado pelo portal Folha do Vale junto aos defensores dos detidos identificou casos de presos com direitos “vencidos”, mesmo assim eles continuam reclusos. Para um advogado, se Carinhanha tivesse um Promotor Titular, uma ação do órgão já teria pedido habeas corpus para que essas pessoas fossem colocadas em liberdade.
De acordo com advogados, 14 anos é muito tempo para um promotor substituto permanecer em uma Comarca tão importante como Carinhanha.
A delegacia de Carinhanha foi construída para abrigar 12 detentos, hoje tem mais de 23 presos, mas conta apenas com um funcionário efetivo do Estado lotado em Carinhanha. O agente é lotado em Guanambi e foi emprestado para Carinhanha.
Para um grupo de advogados, Carinhanha é o retrato do abandono. “O Estado virou as constas para Carinhanha, enquanto isso, o povo sofre com o descaso”, finalizou.
Redação www folhadovale.net