“Nilo Coelho perdeu a capacidade de administrar Guanambi”, diz ex-aliado
Um ex-vereador afirma se tudo que foi declarado por João Roberto for verdade, demonstra um total desrespeito aos cidadão.
GUANAMBI – Opositores avaliam que o prefeito Nilo Coelho (União Brasil) perdeu a capacidade de administrar Guanambi, depois da denúncia feita pelo ex-assessor de comunicação João Roberto Teixeira Pina, em que ele afirma que o filho do prefeito gerencia o município por meio do aplicativo Whatsapp.
Um ex-vereador afirma se tudo que foi declarado por João Roberto for verdade, demonstra um total desrespeito aos cidadãos guanambienses, já que o filho do gestor não recebeu votos. “João Roberto cita que o prefeito não tem culpa de nada, já que encontra-se muito doente, sem poder de locomoção”, comenta.
O ex-vereador ainda chama de absurdo terceirizar a administração de Coelho, já que na ausência do prefeito, cabe ao vice-prefeito, em linhas gerais, assumir o cargo do prefeito.
Desde que foi empossado em 1º de janeiro de 2021, Nilo se afastou sete vezes para realizar tratamento. Nesse período, o vice-prefeito Nal Azevedo assumiu o município e realizou algumas obras, inclusive se recusou a assinar licitações suspeitas.
Um ex- aliado de Coelho afirmou que o caminho correto seria o afastamento do chefe do Executivo e o vice Nal assumir, mas essa possibilidade é descartada. Ele explica que mesmo com dificuldade Nilo encerra o mandato em 31 de dezembro de 2024.
Um ex- deputado ouvido pela reportagem da condição de anonimato disse que Guanambi vive um momento delicado, ja que precisa respeitar o voto popular. Ele explica que há muito tempo Nilo passa por problema de saúde, inclusive citou o caso em que Nilo chamou o vice de prefeito em um evento.
De acordo com um advogado ouvido pela reportagem do Portal Folha do Vale, nesse caso o Legislativo não pode fazer nada. Ele disse que trata-se de um caso interessantíssimo. “Se ele não é capaz de se auto determinar, em tese ele não teria mais capacidade civil para gerir. “Ele [prefeito] Poderia passar por processo de interdição civil”, comenta.
Ainda de acordo com o advogado, tudo que foi denunciado pelo ex-assessor precisa ser apurado, mas esse trabalho precisa ser realizado pelos vereadores. Ele acha pouco provável que alguém se atreva a mexer.
Poder Legislativo deve apurar se há crime de usurpação de função pública, já que a cidade tem de ser gerenciada por quem foi eleito pelo povo. Ou seja, que pode gerenciar é Nilo Coelho ou Nal Azevedo. João Roberto deve ser convocado na próxima sessão.