Moradores de Carinhanha e Malhada cobram proibição de uso de fogos de artifício em campanha eleitoral
Nas redes sociais, diversas pessoas pediram para o juiz eleitoral Arthur Antunes Amaro Neves, para proibir o uso nessas duas cidades.
CARINHANHA — A decisão do juiz da 175ª Zona Eleitoral de Palmas de Monte Alto, na região sudoeste da Bahia, Cidval Santos Sousa Filho, de proibir fogos de artifício durante o período eleitoral em Palmas de Monte Alto, Sebastião Laranjeiras e Iuiu, animou moradores das cidades de Carinhanha e Malhada.
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Nas redes sociais, diversas pessoas pediram para o juiz eleitoral da 125ª Zona Eleitoral de Carinhanha, Arthur Antunes Amaro Neves, para proibir o uso nessas duas cidades. Internautas alegam que o uso indiscriminado de fogos de artifício em áreas urbanas gera sérios desconfortos aos moradores, animais de estimação e animais silvestres.
Segundo relatos de um morador, sua mãe, de 82 anos, diagnosticada com a doença de Alzheimer, fica inquieta com o barulho. “Aqui soltam até 0h, mas 05h da manhã começa tudo de novo. Não precisa isso, os políticos precisam pensar nas pessoas idosas e crianças”, narra uma moradora da Sudene.
Uma moradora do Distrito de Julião, zona rural de Malhada, disse que na comunidade o pessoal solta os fogos durante todo o dia. “No período da noite ainda é pior, ninguém aguenta mais isso não. Tenho uma criança e ela fica agitada com o barulho”, comenta uma dona de casa.
Para um advogado, os representantes das coligações partidárias e responsáveis por partidos políticos que permitirem a queima de fogos em eventos são solidariamente responsáveis no âmbito cível por eventuais danos morais e materiais decorrentes de possível explosão dolosa ou acidental.
Ele esclarece que o uso excessivo e indiscriminado de fogos de artifício em reuniões políticas e comícios, mesmo autorizado, poderá ser caracterizado como crime ambiental, a ser apurado pela Promotoria do Meio Ambiente.