Manga: Travessia da balsa fica mais cara
Por: Luís Claudio Guedes

Sem muito alarde, os proprietários das balsas que fazem a travessia sobre o rio São Francisco entre as cidades de Manga e Matias Cardoso, no extremo Norte de Minas, reajustaram o valor cobrado pelo serviço. Os novos preços começaram a valer na sexta-feira (29). A tarifa do carro de passeio, que havia sido reduzida de R$ 15 para R$ 10 há um ano e meio, foi majorada em 20% e agora custa R$ 12. Veículos utilitários pagam agora R$ 15 – neste caso o reajuste foi de 50%. Já para as motocicletas de qualquer cilindrada o valor permenece nos atuais R$ 2. Caminhões trucados passam a pagar R$ 40, ante o R$ 35 da tabela anterior.
A medida pegou os usuários da travessia de surpresa, mas o reajuste veio até com certo atraso. O acordo que permitiu abaixar o custo da travessia previa reajuste após o primeiro ano da sua implantação, prazo que expirou em novembro do ano passado. Os preços foram reduzidos em outubro de 2011 (mas só começou a valer em 1º de novembro daquele ano), após assinatura termo de ajuste de conduta (TAC) firmado entre empresas proprietárias de balsas, a prefeitura e câmara municipal de Manga, com a intermediação do Ministério Público local e de parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas
Naquela ocasião, as comissões de Assuntos Municipais e Regionalização e de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa mineira foram até Manga em atendimento a requerimento do deputado estadual Paulo Guedes (PT). Havia, e ainda há, demanda da população local que pede a melhoria da qualidade da prestação do serviço pelas empresas concessionárias da travessia.
Uma fonte ligada aos empresários do setor disse ao Em Tempo Real que o aumento era necessário para não comprometer a qualidade do serviço e evitar a deterioração das embarcações por falta de investimento na sua manutenção. “Do jeito que estava a gente estava quase pagando para trabalhar, esse negócio de balsa tem pouca rentabilidade”, diz essa fonte.
Apesar do trânsito intenso de veículos no local, os empresários reclama que as balsas ficam ociosas no período noturno, quando os eventuais deslocamentos para apanhar um único carro na margem oposta durante encarece a operação e faz cair a rentabilidade da operação. Atualmente quatro balsas operam o serviço de travessia entre Manga e Matias Cardoso, mas há a previsão de chegada de mais uns desses veículos para os próximos meses.
Edição www folhadovale.net