Investigação aponta que servidor teria desviado mais de 1 milhão de reais da Prefeitura de Guanambi
Tiago Francisco chorou no momento em que foi preso pela PF, na tarde de segunda-feira (22), em uma cidade a 20 quilômetros da fronteira.
FOZ DO IGUAÇU — O servidor da Prefeitura de Guanambi, na região sudoeste da Bahia, Tiago Francisco Castro de Souza, 37 anos, preso pela Polícia Federal (PF) na tarde de segunda-feira (22), em uma cidade a 20 quilômetros da fronteira com o Paraguai, chorou no momento da prisão.
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A PF conseguiu a localização exata de Tiago após ele pagar diárias de um hotel usando o cartão da companheira, conforme apurou a reportagem. Desde que saiu do distrito de Mutãs, Tiago teria ficado na casa de parentes em Nova Lima, sua cidade natal na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.
A reportagem apurou que Tiago calculou minuciosamente o plano de fuga, inclusive dizia para o advogado que estava na região. O erro de Tiago foi ter participado de um interrogatório online com representante do Ministério Público (MP), momento em que passou a ser monitorado.
A FV apurou também que Tiago teria proposto uma delação, porém não apresentava documentos robustos para o órgão investigador. Foi sugerido que Tiago se entregasse, porém, ele estava arredio, inclusive dizia que seu maior medo era de ser preso.
De acordo com o que apurou o FV, o que motivou o pedido de prisão de Tiago foi a comprovação do desvio de mais de R$ 1.200.000 (um milhão e duzentos mil reais) ao longo de quatro anos. A PF não informou se Tiago foi preso com algum valor.
Tiago teria movimentado diversas contas, inclusive pagava boletos na sua conta pessoal. A PF acredita que Tiago teria como destino a Argentina e, posteriormente, tentaria fuga para Portugal.
Na visão de um advogado, o processo para trazer Tiago para Guanambi é lento e pode demorar dias ou até meses. “Existe muita burocracia, mas o MP deve ter pressa para ouvir Tiago em Guanambi”, lembra.
Tiago deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (23).
