Fazenda Calsete em Carinhanha continua ocupada após ordem judicial

A liminar que determina a reintegração de posse foi concedida pelo Arthur Antunes Amaro Neves, no dia 23 de fevereiro, mas não foi comprida.

CARINHANHA – Cerca de 225 famílias que ocuparam no dia 25 de janeiro  uma área de propriedade da empresa Calsete Industria Comercio e Serviços Ltda, localizada às margens da BR-030, em Carinhanha, continuam mobilizados dentro da propriedade.

Os líderes não desocuparam a área nem mesmo a ordem judicial e permanecem no local, conforme apurou o Portal Folha do Vale. Um dos invasores é o bolsonarista suplente de vereador Marcelo de Castro Falcão, derrotado no pleito de 2020.

A liminar que determina a reintegração de posse foi concedida pelo Arthur Antunes Amaro Neves, Juiz de Direito Substituto da Comarca de Carinhanha, no dia 23 de fevereiro, não foi comprida. Um oficial de Justiça esteve na fazenda no último sábado (25), mas até o momento o grupo contínua na fazenda.

O grupo justifica a ocupação alegando ter respaldo na Lei Federal nº 6.629 de 25/02/1993, que dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.

Em nota emitida no dia 24 de fevereiro, um dia depois da decisão judicial,os representantes do Assentamento Morro do Jatobá criticam decisão judicial em Carinhanha. O grupo afirmou que Poder Judiciário no Brasil em toda sua existência defende interesse dos banqueiros, dos grandes latifundiários, dos políticos, e de toda classe exploradora dos povos mais humildes e necessitados, afirmando que em Carinhanha não seria diferente.

Em contato com advogado Jenilton Pereira Teixeira, representante do Grupo, ele respondeu que não tem informação que os assentados foram notificados. Ele disse que o grupo deverá emitir uma nota ainda hoje.

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