Estiagem prologada é tema de debate na Câmara de Vereadores de Malhada
Luiz Carlos da Bahia Solo lembrou que a maior seca do Nordeste brasileiro de 1877–1879, com quase 500.000 mil mortes no período imperial.
MALHADA — A estiagem prologada que castiga os produtores da Microrregião de Guanambi, no sudoeste da Bahia, foi tema de uma reunião na noite de quinta-feira (7), no Plenário Osvaldo Chapéu, na Câmara de Vereadores de Malhada, no sudoeste da Bahia.
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Provocado pela Poder Legislativo, o evento reuniu pequenos, médios e grandes produtores ruais, visando discutir o problema da seca que castiga o município. No decorrer da reunião, os produtores pediram para os políticos cobrarem incentivo por parte dos governos Estadual e Federal, principalmente nas linhas de créditos.
Ao abrir o evento, o empresário Luiz Carlos da Bahia Solo, maior produtor da região, fez um breve discurso. Luiz afirmou que não é a primeira crise, mas também não será a única. Ele lembrou da maior seca do Nordeste brasileiro de 1877–1879, ocorrido no período imperial brasileiro, responsável pela morte de entre 400.000 e 500.000 pessoas.
“Em 1982, a primeira chuva do ano foi na noite de Natal, na virada do ano São Pedro ligou as torneiras. Foi a melhor safra de algodão daquele ano. A chuva tá atrasada, mas não tá passada”, comentou Luiz.
O ex-prefeito Dezin disse que Malhada é uma região privilegiada, mas precisa preparar o pessoal para conviver com a seca. “Ninguém acabará com a seca, mas tem como preparar os cidadãos para isso”, falou Dezin.
Anselmo Boa Sorte, empresário, disse ser agropecuarista há 42 anos. Boa Sorte disse que o objetivo da reunião é buscar linhas de créditos para alimentar o rebanho, bem como prolongar aqueles feitos.
Marcos, gerente do Banco do Brasil, explicou que uma das premissas do banco é proximidade. “O Banco do Brasil tá de portas abertas, inclusive afirmou que o produtor tem como prorrogar, porém, precisar fazer um laudo técnico explicando o motivo”, comentou.
O prefeito Gimmy Ramos disse que 2 milhões de reais liberados pelo banco para Malhada, é um valor pequeno para um município com mais de mil produtores. Se precisar subiremos o Palacio do Planalto para cobrar do presidente”, comentou.
Também participaram do evento o prefeito Gimmy Ramos, secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Lula de Geraldo Pedro, empresários, Luiz Carlos da Bahia Solo, Evilásio Bonfim, Aristorn Neves, Lucas Moura, Dezin, Anselmo Boa Sorte, Ernando, Alberto Fiuza e o gerente do Banco do Brasil, Marcos.