Drauzio Varella comenta os impactos ao desobrigar o uso da máscara em Brumado
O Documento publicado na última terça-feira (19), retira a obrigatoriedade dos moradores utilizarem máscaras de proteção. Mesmo após a imunização, o uso da máscara é importante para não potencializar um novo surto da doença.
BRUMADO – A decisão do prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos (sem partido), de desobrigar o uso da máscara no município continua repercutindo em todo o estado e país. A deliberação do chefe executivo foi oficializada no Diário Oficial do Município (DOM), na secção de novas normas de enfretamento à Covid-19 no município.
No Bahia Meio Dia da última quinta-feira (21), o médico Drauzio Varella falou sobre os riscos de deixar de usar a máscara nesse momento. Mesmo com 60% da população completamente vacinada, Drauzio destacou que ainda é muito cedo para deixar de usar o equipamento de proteção individual diante dos riscos de contaminação.
“Isso ainda não está perto de 100%. Qual o problema de dar uma margem de segurança e manter um pouco mais o uso da máscara? Brumado não é a única cidade da região. Será que nas outras cidades os índices de vacinação são os mesmos? Essas pessoas não vão pra Brumado? As pessoas de Brumado não vão para outras cidades?”, ponderou.
Segundo o médico, as pessoas ainda estão suscetíveis a se contaminar e a retirada da máscara aumenta esse risco. “Se eu morasse em Brumado não tirava a máscara não”, recomendou.
A medida assinada pelo Prefeito contraria as recomendações de renomadas Instituições de saúde, médicos sanitaristas e cientistas que reiteram a necessidade da população continuar seguindo as orientações baseadas em evidências científicas.
Em entrevista à Rádio Metrópole, o médico infectologista Tiago Lobo criticou a decisão do prefeito de Brumado em desobrigar o uso de máscaras no município. Para o médico, a decisão pode trazer prejuízos para o país inteiro a médio prazo.
“Acho temoroso, visto que a gente tem uma porcentagem da população ainda desprotegida. Se tivesse 90% da população protegida, 95%, aí é outro cenário. Acho precoce. Pode prejudicar nosso país, nosso estado, nossa cidade em médio prazo”, afirmou.
O uso do equipamento de proteção individual segue obrigatório apenas nas instituições de ensino das redes pública e privada de Brumado.