Comércios não funcionam no horário de almoço em Guanambi
Para 80% dos entrevistados pelo portal Folha do Vale, o comércio de Guanambi deixa de faturar no horário de almoço porque muita gente usa o horário para resolver problemas de casa ou comprar alguma coisa

A produção de algodão transformou o município Guanambi, no Sudoeste baiano, nas décadas de 70 e 80. O comércio de Guanambi é o mais forte da região, atingido mais de 56 cidades da Bahia e Norte de Minas Gerais.
Para boa parte das pessoas que procuram os comércios guanambiense, os empresários precisam se adaptar e esquecer os vícios do século passado. 80% dos entrevistados pelo portal Folha do Vale, o comércio de Guanambi deixa de faturar no horário de almoço porque muita gente usa o horário para resolver problemas de casa ou comprar alguma coisa.
Muitos comerciantes afirmaram ao portal, que já pensaram em rever essa situação, porém enfrentam resistências. “Clientes reclamam, mas se eu não fechar no horário não consigo arrumar nada, então perco clientela de qualquer jeito, afirma um dono de uma eletrônica”.
Segundo o morador do bairro Caiçara Bruno Ribeiro, esse é o único horário que ele tem para ir ao Centro da cidade comprar algumas coisas e encontra fechado. “É inaceitável que alguns comércios fecham nesse horário”, disse um motorista de van da cidade de Carinhanha.
A presidente CDL-Câmara de Dirigentes Lojistas, Alvisa Prates, afirmou que orienta os comerciantes. Em março deste ano, divulgamos uma pesquisa apontando que 75% dos entrevistados não aprovam o atendimento no comércio de Guanambi.
O portal Folha do Vale ouviu 500 pessoas de Guanambi e cidades da região, entre os dias 31 e 7 de abril. A intenção da pesquisa que não em qualquer validade como amostragem científica, é mostrar uma realidade pouca enxergada pelos comerciantes.