Chega ao fim hegemonia de Marcelo Nilo
De acordo com o texto enviado aos meios de comunicação, ele cita que deixa a presidência da Assembleia sem uma mácula e não encara sua saída do honroso cargo como um ‘retorno à planície. “O nosso plenário jamais deve ser tratado como algo trivial”, disse Nilo.
Conhecido como homem de muitas faces, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), deu mais um exemplo que não era tão sólido quanto parecia. No inicio da noite da última terça-feira (31), Nilo enviou uma carta à imprensa confirmando sua decisão de renunciar sua candidatura à presidência da Assembleia.
De acordo com o texto enviado aos meios de comunicação, ele cita que deixa a presidência da Assembleia sem uma mácula e não encara sua saída do honroso cargo como um ‘retorno à planície. “O nosso plenário jamais deve ser tratado como algo trivial”, disse Nilo.
Nilo disse que sua decisão foi tomada após avaliar o momento político, juntamente com os deputados que ilhe apoiaram. “Resolvemos retirar a candidatura à Presidência da Assembleia Legislativa. Aos companheiros que me apoiaram, expresso a mais profunda gratidão e reconhecimento. Aos demais colegas, igualmente, agradeço o apoio durante todo esse período, desejando êxito em suas caminhadas. Ao meu sucessor na presidência, um mandato profícuo”, justificou.
Do outro, Ângelo Coronel (PSD), um parlamentar até então pouco presente na mídia, considerado por muitos companheiros ausente do dia-a-dia do legislativo baiano. Nesta quarta-feira (1º), todas as negociações iniciadas ainda em dezembro chegam ao fim com a votação secreta do novo presidente da AL-BA, que terá Coronel como candidato único. Independente do resultado definitivo do pleito, a discussão sobre o futuro da Casa chegou a um patamar inédito há pelo menos 10 anos – desde a ascensão de Nilo à presidência, nenhuma eleição foi tão acirrada.
Derrotado, Nilo deixou de ser um poderoso articulador do governo Rui Costa (PT), que, por vezes, foi considerado o próprio líder do governo. Passou a ser um mero deputado, conhecedor das diversas facetas do Legislativo e das relações com Executivo e Judiciário. E capaz de imprimir derrotas delicadas ao governo, caso se considere desprestigiado no pleito.
Redação www folhadovale.net