Alunos do Curso de Jornalismo da Faculdade Guanambi realizam roda de conversa sobre o Candomblé

Foram feitos, ainda, esclarecimentos acerca do sincretismo religioso, do charlatanismo, das posturas de depreciação e intolerância que impactam os adeptos do Candomblé e outras religiões de matriz afro

Uma noite de muito aprendizado e contribuição para a formação do cidadão. Assim podemos definir o evento realizado na noite da última quinta-feira, 26 de outubro, realizado pela professora Adriana Bomfim, docente da disciplina Comunicação e Relações Étnico-Raciais, que levou o assunto Candomblé para discutir com os alunos do 3º semestre do Curso de Jornalismo da Faculdade Guanambi.

O convidado de honra foi o Yaô do Ilê Axé Oju Orum, Edison Vieira, que discorreu sobre as religiões de matrizes africanas, em especial, o Candomblé. Destacou os princípios que sustentam a religião, seus aspectos históricos e o simbolismo que envolve essa crença religiosa.

Foram feitos, ainda, esclarecimentos acerca do sincretismo religioso, do charlatanismo, das posturas de depreciação e intolerância que impactam os adeptos do Candomblé e outras religiões de matriz afro.

Para a professora Adriana Bomfim, docente responsável pela disciplina, esse momento foi “rico em aprendizado, sobretudo em relação à escuta da diversidade, das escolhas que são diferentes das nossas. Uma possibilidade de exercício da tolerância e do respeito às escolhas religiosas de cada um. Acredito que é, a partir da aproximação, do conhecimento daquilo que desconhecemos que desfazemos preconceitos, estereótipos e falsas impressões que nos afastam uns dos outros”, salientou a professora.

Para as alunas Paloma e Marília Gabriela, a noite foi uma oportunidade de desfazer conceitos equivocados em relação ao Candomblé. Segundo elas, mesmo que sejamos de religiões diferentes, precisamos conhecer o que sustenta a fé de cada um e respeitar suas escolhas, sem agir de forma preconceituosa ou intolerante só porque alguém não tem a mesma religião que a nossa.

A roda de conversa teve a participação, também, da professora Géssica Pêra, docente da disciplina antropologia, que trouxe contribuições riquíssimas acerca da constituição da identidade e do exercício de alteridade que o discurso inter-religioso propicia a todos nós.

A discussão acerca do Candomblé e das demais religiões não se encerrou na noite de ontem. A professora Adriana pretende realizar uma mesa redonda com representantes das mais diferentes denominações religiosas, a fim de trazer para o espaço acadêmico o debate acerca do respeito e da tolerância religiosa.

 

Redação www folhadovale.net

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