Alunos do Curso de Jornalismo da Faculdade Guanambi promovem mesa-redonda e debate “Discriminação racial e direitos quilombolas”
A relevância deste tema deve-se ao fato da região de Guanambi, ter 53 comunidades quilombolas. O tema fortalecer esse processo de conscientização e reflexão da igualdade social e racial na sociedade

Orientado pela professora de Fotojornalismo, Milena Castro, alunos do 3º semestre do curso de Jornalismo da Faculdade Guanambi, promoveram na noite da última segunda-feira (6), no Campus da Instituição, a primeira mesa-redonda sobre “Discriminação racial e direitos quilombolas”.
Depois de visitar várias comunidades quilombolas na região, os alunos escolheram como tema: “Um Olhar Quilombola”, para expor os trabalhos na Mostra de Fotojornalismo, que vai até 10 de novembro na recepção da Instituição. A relevância deste tema deve-se ao fato da região de Guanambi, ter 53 comunidades quilombolas. O tema fortalecer esse processo de conscientização e reflexão da igualdade social e racial na sociedade.
Foram convidados para participar da mesa-redonda, os doutores da Faculdade Guanambi,Rogério Campos, Adriana Bomfim, Géssica Pêra e da Universidade Estadual da Bahia(UNEB) Dinalva Macêdo.
Com muita propriedade, Bomfim explanou sobre inclusão e exclusão. Para Bomfim, socialmente, a inclusão representa um ato de igualdade entre os diferentes indivíduos que habitam determinada sociedade. A exclusão é o afastamento ou tratamento injusto de pessoa, que não se enquadra nos padrões convencionais da sociedade e é excluído. Já Pêra deu ênfase na cultura quilombola destacando a responsabilidade de cada cidadão no processo histórico do Brasil. Pêra afirmou que o país precisa debater o etnocentrismo nas escolas e nas universidades, porque todos têm responsabilidade.
Campos explanou sobre a formação da história e política da sociedade quilombola, lembrado que geralmente esses grupos são excluídos por serem consideradas pessoas inferiores. Para Campos, o Brasil teve 316 anos de escravidão e não aprendeu nada, mesmo assim, continua com essa segregação.
A professora Dinalva apresentou estudos sobre os quilombos do município de Bom Jesus da Lapa. Falou das 53 comunidades existentes na região, sendo 16 em Palmas de Monte Alto, 13 em Caetité e outras espalhadas na região. Dinalva afirmou aos discentes, que muitas vezes criamos concepções ainda de um país escravagista. “Quando passamos a conhecer e convive nos quilombos, mudamos nosso pensar”, concluiu.
O aluno Geovane Santos, disse que é importante discutir um tema tão amplo como esse. “Debater essa situação da população quilombola na região, dentro de um ambiente acadêmico remete sobre uma reflexão da história do negro, sua cultura e a sua relação com a sociedade”, disse Geovane.
Redação www folhadovale.net