Advogado que se passava por juiz em Urandi é suspeito de golpe de quase R$ 200 mil no Mato Grosso

Depois da reportagem do FV, um grupo de cerca de 25 pessoas entrou em contato com o veículo de comunicação para denunciar o advogado.

SINOP — Iago Gabriel Silva Martins, advogado urandiense, que teve a prisão determinada pela Juíza de Direito da Comarca de Guanambi, Adriana Silveira Bastos, por falsidade ideológica e falsificação de documentos, é suspeito de aplicar golpe no estado do Mato Grosso.

O Portal Folha do Vale está nos Canais do WhatsApp; veja como participar. Pelo nosso canal você recebe notícias atualizadas de hora em hora.

Depois da reportagem publicada pelo Portal Folha do Vale, um grupo de cerca de 25 pessoas entrou em contato com o veículo de comunicação. Ao FV, essas vítimas afirmaram que em 2020 compraram um pacote da empresa Aliança Nerd Turismo S/A para participar do CCXP – Comic Con Experience, evento que acontece em São Paulo, porém foi adiada em razão da pandemia da Covid-19.

As vítimas informaram que Iago também havia comprado esse pacote, com investimento entre R$ 4 e R$ 10 mil reais. Com a empresa faliu e não devolveu o valor, Iago teria se apresentado como advogado e se colocou à disposição sem cobrar nenhum valor.

Meses depois, Iago teria informado essas vítimas que o grupo havia ganhado a causa na justiça e só aguardava o banco efetuar o pagamento. Coincidência ou não, o valor da causa é R$ 165.421,00 (cento e sessenta e cinco mil, quatrocentos e vinte e um reais), valor que ele cobra do TJGO, justificando-se em supostos erros cometidos durante o certame.

Conforme relatos das vítimas, passaram-se dias e o dinheiro não entrou na conta de ninguém, então, o advogado justificou que o problema era que o banco não queria pagar por se tratar de um valor muito alto, por isso, ele havia solicitado a transferência da Caixa Econômica para o Banco do Brasil.

Iago encaminhou para essa vítimas um documento que teria sido emitido pelo Banco do Brasil, mas depois da determinação da prisão do advogado, essas vítimas acreditam que ele tenha feito um acordo com a empresa e ficou com o dinheiro.

As vítimas acreditam que Iago forjou diversos documentos, já que não foi localizado processo ativo. “Esse valor que ele alega de indenização do TJGO é o mesmo que ele disse que a empresa pagaria, estou sem palavras”, comentou uma vítima.

O grupo se reunirá e registrará uma ocorrência, conforme disseram ao FV.

Deixe seu comentário