Suspeito em golpe de R$ 500 mil em idosos é alvo de operação policial

BRUMADO – A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta terça-feira (5), a Operação Sênior para cumprir dois mandados de busca e apreensão contra um homem de 54 anos suspeito de aplicar um golpe milionário em, pelo menos, 21 idosos. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista e teve como alvo endereços ligados ao investigado, no município de Brumado, no sudoeste do estado.

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Segundo as investigações, o homem teria criado uma empresa fictícia para oferecer pacotes de viagens internacionais com apelo religioso. Os roteiros prometiam 15 dias de peregrinação por santuários marianos em Portugal, Itália e França, com embarque previsto para novembro de 2024. Cada pacote foi vendido por cerca de R$ 26.620, e o golpe pode ter movimentado aproximadamente R$ 500 mil.

A Polícia Civil informou que o grupo de vítimas é formado, majoritariamente, por idosos católicos. A presença de um padre como intermediador da viagem reforçou a credibilidade da proposta e foi um dos fatores que levou os passageiros a efetuar o pagamento. Parte deles quitou o valor à vista, enquanto outros optaram pelo parcelamento em até dez vezes.

Apesar de todos os valores terem sido pagos até outubro de 2023, a excursão foi adiada diversas vezes, com justificativas inconsistentes apresentadas pelo suspeito, como problemas climáticos. Uma nova data chegou a ser marcada para maio de 2025, mas, em fevereiro deste ano, os contratantes foram informados por meio de um grupo de mensagens que o pacote havia sido cancelado de forma definitiva.

Desde então, o investigado deixou de prestar esclarecimentos e parou de responder aos contatos dos clientes, que passaram a exigir o reembolso. Com o avanço das denúncias, a polícia iniciou as diligências para identificar o esquema.

Durante a operação desta terça-feira, os agentes apreenderam celulares e computadores que serão encaminhados para perícia técnica. O objetivo é extrair dados que possam comprovar o golpe e identificar outras possíveis vítimas.

Até o momento, há registros de pessoas lesadas em ao menos três estados brasileiros. A Polícia Civil trata o caso como estelionato e destacou que o investigado se aproveitou da vulnerabilidade das vítimas e da confiança gerada pelo discurso religioso para obter vantagem financeira indevida.

As investigações seguem em curso.