Familiares de presos relatam precariedade no presídio de Brumado
Luciara Garcia, moradora de Licínio de Almeida e esposa de um detento, denunciou a situação de miséria e precariedade da instituição.
BRUMADO — Superlotação e desassistência generalizada foram apontadas por familiares de presos do Conjunto Penal de Brumado, na região sudoeste da Bahia. Em entrevista ao Achei Sudoeste, Luciara Garcia, moradora de Licínio de Almeida e esposa de um detento, denunciou a situação de miséria e precariedade da instituição.
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Em maio de 2023, familiares de detentos já haviam denunciado a situação precária do banheiro do presídio.
Ela disse que, na última terça-feira (19), esteve no presídio para visitar o marido, porém quase não pôde entrar no local em razão do scanner que estava descalibrado. Ela disse ter sido barrada três vezes pelo aparelho. Luciara nega que estava levando qualquer ilícito para dentro da unidade.
“Eu estava limpa, não estava com nenhum ilícito, não tinha nada de errado.” Exigi uma visita assistida porque moro longe e, na outra semana, já não havia conseguido visitar meu marido. Depois de muito insistir, eles me deram a visita assistida de 30 minutos”, contou.
Desesperada, ela denunciou que o companheiro pediu para ela se juntar a outras esposas para denunciar as más condições do presídio. Ela afirmou que eles ficaram trancados por quase 2 horas debaixo de chuva na semana passada, além de dizer que dois beliches desabaram dentro do presídio porque foram construídos às pressas, de qualquer jeito.
Luciara denunciou que os detentos estão sofrendo muitas agressões psicológicas e sem atendimento adequado de saúde. “Tem várias coisas irregulares lá. Eles [detentos] já estão pagando pelo seu erro, não precisam ser maltratados”, asseverou.
A direção do Conjunto Penal não se manifestou ainda, mas a matéria será atualizada assim que uma nota for enviada.