Ex-cunhada diz que Júnio Guedes tenta ‘distorcer realidade’

Carla disse que prezo pelo jornalismo sério e de respeito, inclusive respeito o Júnio como jornalista, mas ele precisa falar a verdade.

MOGI GUAÇU — A empresária Carla Santana Fernandes Lêdo, 33 anos, saiu em defesa do pai Antônio José Fernandes e da irmã Sandra Santana Fernandes, após ter lido a matéria publicada sobre confusão ocorrida ontem.

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Por meio de uma chamada de vídeo feita pela sua sobrinha Karollyne Carla relata que acompanhava a discussão na residência do casal Sandra e o radialista Júnio Souza Guedes, conhecido como “Júnio Guedes”, na tarde de sábado (9).

Fala de Carla Santana sobre Júnio Guedes

Na tarde deste domingo (10), Carla declarou ao Folha do Vale que o radialista faltou com a verdade ao dizer para os policiais que foi seu pai que quebrou a porta da casa dele com o martelo. Ela esclareceu que foi o próprio Júnio Guedes que quebrou o vidro da porta com socos usando a própria mão, inclusive afirmou verbalizando que encheria seu pai de ‘bala’ com um revólver calibre 38.

“Na hora da confusão eu conversava com minha sobrinha Karollyne que assustada me ligou e fiquei em ligação ora de áudio, ora de vídeo o tempo todo tentando apaziguar. Ouvia todos os gritos e provocações que eram repetidos pela minha sobrinha para eu entender e ouvir melhor. Ambos estavam alterados se agredindo verbalmente com palavras de baixo calão e quando ameaçado e provocado por Júnio, meu pai foi até o carro e pegou um martelo para se defender, pois o Júnio portava arma branca e fazia ameaças. Quando meu pai entrou o vidro já estava quebrado. Todos os presentes lá são testemunhas. Meu pai entrou na casa e ele [Júnio] se armou com duas facas. Quem desarmou Júnio pela primeira vez foi a irmã dele”, e pela segunda foi a minha irmã Cristina (que é especial)”, falou Carla.

Sem papas na língua, Carla deixou claro que Sandra não foi agredida fisicamente no dia de sábado, mas já foi agredida outras vezes por Júnio, segundo relatos de sua irmã Sandra, com encaminhamento de fotos de parte do corpo marcados pelas agressões.

A moradora de Mogi Guaçu, disse que Sandra ligou pela manhã para sua mãe pedindo um PIX para pagar um carro para levar suas coisas da casa do Júnio, pois havia se decidido pela separação após uma briga entre eles neste dia. Ela disse que sua mãe organizou para ela ir buscar as coisas e ela pediu ajuda das meninas (sobrinha e a outra irmã) elas foram.

“Enquanto minha sobrinha dobrava seus pertences, ouvia discussão do casal na sala. Foi quando escutou gritos e foi até a sala ver o que estava acontecendo. Ela relata que viu o Júnio em cima da Sandra no chão, porém estava tentado apenas pegar o celular da mão dela, pois ela estava gravando toda a discussão verbal dos dois. Ela é só uma criança, começou a chorar desesperada e ligou para o meu pai pedindo ajuda. Meu pai, ao ouvir a Karol chorar ao telefone, saiu desesperado no carro para buscá-la. Ao chegar se depara com a cena de suas filha e neta no chão chorando… meu pai tentou entender a situação, mas se viu sem controle. Aí começou toda a discussão entre eles e neste momento, Karol me fez as chamadas tanto de áudio quanto de vídeo. Segurei ela ao telefone o tempo todo porque de longe não me restava outra alternativa. Eu estava acompanhado tudo na chamada de vídeo, confesso que foram momentos de tensão. Achei que alguém fosse morrer(sic)”, narrou Carla.


Carla cita que em um dos momentos de discussão entre seu pai e o Junio, uma irmã dele que ela (não sabe o nome) se apossou de um cabo de rodo quebrado, pontiagudo para desferir o golpe no seu pai pelas costas, momento em que sua irmã Cristina a agarrou, mordeu e entraram em luta corporal. “A Cris está machuca, mas ela é bem forte fisicamente e conseguiu segurar a moça”, comentou.

Carla reforçou que não deixará nenhum membro de sua família sem apoio, esclarecendo que já contratou um advogado para acompanhar o caso de perto. “Amanhã meu pai registrará um boletim de ocorrência para esclarecer o caso, já que toda história tem duas versões. “Toda história tem dois lados. Todos têm o direito de se pronunciar, sobretudo, todos devem ser ouvidos. Mas o que li da matéria sobre o relato do Junio não procede. Prezo pela verdade, principalmente se tratando do meu pai, que é um senhor senil e leigo. Mas ele não está sozinho. Prezo pelo jornalismo sério e de respeito, inclusive respeito o Júnio como jornalista, mas precisa falar a verdade. Não permitirei jamais que o meu seja desmoralizado por versão inconsistente de uma história contada apenas por uma versão”,diz Carla.

Segundo Carla, a confusão encerrou com a chegada da polícia, que o próprio Júnio e sua irmã saíram de moto para chamar. “Minutos depois, a polícia chegou e pai já tinha ido embora porque com muito custo o convenci a ir para casa com as crianças. Conversei com um policial, não me lembro o nome, porém muito educado” e ele me disse que a situação já estava sob controle. Assim me acalmei e consegui sentar e respirar. Ele me informou que levaria o casal para Guanambi para exames de corpo de delito”, comenta mais uma vez.

Procurado pela reportagem, o coordenador da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior de Guanambi, Clécio Magalhães, respondeu que já encaminhou tudo para ser apurado pela Delegacia Territorial de Carinhanha. Ele disse que a delegada tomou depoimento de Sandra e testemunhas, além disso, os PMs foram ouvidos e um laudo foi emitido para exames.

Clécio comentou que as investigações agora são de competência da DP de Carinhanha, o qual concluirá as investigações e se houve indicio oferecerá a denúncia para a Justiça.

O espaço também fica aberto para o radialista prestar os devidos esclarecimentos, mesmo se tratando de um direito de resposta da citada.

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