Vitor Bonfim deve deixar secretaria de Agricultura em reforma administrativa
No caso de Bonfim, o estalo de quando a palha pega fogo não é mais ouvido. Sinal de que o fogo amigo já virou brasa e vingou. Resta saber se Rui Costa vai manter e por quanto tempo segurará a pressão.
Ao Palácio de Ondina os aliados mais chegados ao governador Rui Costa fizeram chegar que não querem mais lidar com Vitor Bonfim (PDT) na secretaria estadual de Agricultura. “Tirado da cartola” como solução para manter um deputado estadual no comando da pasta, após o afastamento do também deputado estadual Paulo Câmera (PSL) – saiu por problemas relacionados à saúde – Vitor assumiu e vem deixando muitos aliados indignados.
Filho do ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) João Bonfim, Vitor foi alçado ao posto com apoio de figuras como o presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo. Á época Nilo estava em pé de guerra com o deputado federal Félix Mendonça pelo comando do PDT baiano. O federal levou a melhor e o presidente da Assembleia deixou o partido fundado por Brizola.
Quando Marcelo Nilo assumiu a presidência do PSL na Bahia contava com a adesão de Vitor. Isso não aconteceu. A notícia é que embora insatisfeito e se sentindo traído, Nilo não esticou a corda. Menos por altruísmo e mais pela articulação das Relações Institucionais do governo estadual que retomou as tratativas com Félix para fixar o PDT na base aliada na Assembleia Legislativa e no estado.
Como condicionante os pedetistas mantiveram os espaços no governo e destravaram outras pendências em autarquias estaduais que andavam obstruídas nos dutos controlados por desafetos. O movimento não foi acompanhado na integralidade pelos líderes regionais do PDT e neste sentido as eleições municipais abriram ainda mais as fissuras já existentes na base de sustentação de Rui Costa.
Em Guanambi, Vitor Bonfim subiu e fez força para eleger Nilo Coelho (PSDB). Perdeu a eleição e trouxe dividendos à legenda. Félix flerta com Neto e não descarta a possibilidade de aliança com o democrata em 2018. Neste cenário, a permanência de Vitor Bonfim na secretaria está comprometida e na reforma administrativa prevista para acontecer ainda este ano as apostas dão conta de que será a primeira cadeira a dançar, não será a única, mas estará, provavelmente, na primeira fila.
No caso de Bonfim, o estalo de quando a palha pega fogo não é mais ouvido. Sinal de que o fogo amigo já virou brasa e vingou. Resta saber se Rui Costa vai manter e por quanto tempo segurará a pressão.
Fonte: Bocão News