Quilombo Rio das Rãs em Bom Jesus da Lapa recebe XV Semana da Consciência Negra 

A Escola Emiliano Joaquim Vilaça, no Quilombo Rio das Rãs, recebeu o XII Seminário das Comunidades Quilombolas do Território Velho Chico. 

Quilombo Rio das Rãs. Foro Valeria Porto
Quilombo Rio das Rãs. Foro Valeria Porto

BOM JESUS DA LAPA — A Escola Municipal Emiliano Joaquim Vilaça, localizada no Quilombo Rio das Rãs, em Bom Jesus da Lapa, recebeu nos dias 8 e 9 de novembro, a XV Semana da Consciência Negra e o XII Seminário das Comunidades Quilombolas do Território Velho Chico. 

Organizado pelo Coletivo Marilene Matos, com o tema “Mulheres Quilombolas: saberes e mobilização política”, foi discutido o papel central dos saberes das mulheres quilombolas nas conquistas do movimento, das associações e das famílias de cada quilombo.

Roda de conversa

No decorrer do evento foi falado sobre o Dia da Consciência Negra, além da importante abordagens como o tema preconceito e a diversidade étnico-racial em diferentes esferas da sociedade e ensinar sobre a importância da cultura africana na construção social e cultural brasileira.

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 O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos líderes quilombolas que teve grande importância na resistência ao sistema escravista no Brasil.

Participaram do evento moradores das comunidades, estudantes, professoras, militantes da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Universidade do Estado da Bahia – Campus XVI e XVII e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

Conta com a participação e articulação em conjunto com a Central Regional Quilombola do Velho Chico, CRQ. Também vincula à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e. Educação Escolar Quilombola (PNEERQ) conta com o apoio da Escola Quilombo UFRB (MEC/SECADI).

Em entrevista ao Portal Folha do Vale, o professor Nivaldo Dutra, da UNEB-Universidade da Bahia-Campus Caetité, referência nos estudos da região de Rio das Rãs. Ele falou da importância de um seminário na comunidade, respeitando costumes e crenças.

A professora Naita Aparecida Nunes, 28 anos, do município de Serra do Ramalho, afirmou que houve avanços, mas esse movimento faz o papel do estado.

O quilombo não foi escolhido por acaso, Rio das Rãs foi o primeiro no país a ser reconhecido como quilombo, em 1995. Foi a primeira vez em nossa história que o artigo 68 da Constituição Federal foi aplicado. Este artigo, que faz parte do principal conjunto de leis do país, reconhece a terra como um direito das comunidades quilombolas que vivem nela.

A Bahia é o estado do Brasil com o maior número de comunidades quilombolas, são 931. Dessas, 849 têm o certificado da Fundação Cultural Palmares, órgão do governo federal que faz esse reconhecimento.

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