Professor Mário doa livros para biblioteca no quilombo de Parateca, em Malhada

Foram doados mais de 800 livros para a instalação de uma biblioteca no Distrito Quilombola de Parateca, em Malhada.

Livros doados
Livros doados para biblioteca em Parateca

MALHADA – O Distrito Quilombola de Parateca, na zona rural de Malhada, no sudoeste da Bahia, recebeu a doação de livros do professor Antônio Mário Cardoso da Silva, que integra a rede municipal de ensino de São Paulo.

Os mais de 800 livros foram entregues na tarde de sexta-feira (19), na Escola Municipal São José. A cerimônia contou com a participação da Secretária Municipal de Educação de Malhada, Miriam Maristela, Secretaria de Educação, Maristela.

Entrega dos livros

Maristela destacou ser uma honra receber doações de livros, por isso, garantiu apoio incondicional da pasta. Ela agradeceu o vereador Bita pela iniciativa e o professor Mário por doar tantos livros para a instalação da biblioteca.

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O parlamentar afirmou que prefeito Gimmy Ramos librou um local para montar essa biblioteca na comunidade, por isso, ele se orgulha de fazer parte desse momento histórico. “Agora teremos um espaço não só de leitura para nossa comunidade, mas um local para fazer pesquisas. As obras têm como temas história geral, clássicas, históricas e contemporâneas”, comentou.

Vereador Bita e o professor Mário

Na ocasião, os livros foram recebidos pelo vereador  Vilson Cerqueira, conhecido como “Bita da Colônia”, responsável por fazer essa ponte com o professor de história formado pela PUC  (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Para o professor, os livros poderão também auxiliar os alunos em discussões e ter acesso aos estudos, bem como tomar consciência ambiental sobre como as comunidades ribeirinhas e quilombolas são impactadas pelo modelo atual de desenvolvimento.

Ao fazer uso da palavra, Mário abriu o discurso citando Paulo Freire “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Ele agradeceu o parlamentar pela iniciativa de montar uma biblioteca na comunidade, dizendo que estava orgulhoso de ter um negro no Legislativo representando uma comunidade tão castigada no passado.

“Agradeço a segunda presidente da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, deputada estadual professora Bebel, primeiro presidente da Apeoesp, professor Fábio de Moraes, os professores da rede municipal e estadual de ensino e principalmente a professora da sala de leitura, profª. Chris da emef, Carlos Augusto de Queiroz Rocha”, disse.

Ele ainda agradeceu os companheiros da Apeoesp Diadema pelo apoio. “A segunda biblioteca será instalada na comunidade quilombola de Arueira, no município de Palmas de Monte Alto“, encerrou.

Participaram também as coordenadoras Carla Daiane, Agna Santos e Valdira Nogueira. Vice-diretor da instituição de ensino Alysson, Arlene, Ana Maria,Célia,Cléria,Rafaela,Gleicy,Marlene,Ana Paula,Paulo,Valdionor,professora Maria, Línea e Luiza.

O Distrito de Parateca constituiu uma espécie de refúgio para negros e índios que conseguiam fugir do jugo dos portugueses. Acredita-se que a origem da comunidade de Parateca na proximidade do Rio São Francisco deste do começo do século XVII. A região foi tomada pelas expedições, comandada por Matias Cardoso e finalizada por seu filho, Januário Cardoso, já no século XVIII, rendeu à família a doação pela coroa de uma grande sesmaria. A terra atribuída foi construída a igreja e que ficou conhecida como Parateca.

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