Prefeito de Filadélfia nega invasão e diz que ‘vai lutar para fechar rádio comunitaria’
“ Meu advogado entrará com uma queixa-crime e, na semana que vem, vou para Brasília reclamar no Ministério das Comunicações”.
Ao que tudo indica, a briga entre o prefeito de Filadélfia, no centro-norte do estado, e os locutores da rádio comunitária Várzea do Curral FM, está longe de terminar.Na última quinta-feira,3 de outubro, em visita ao Bahia Notícias, Barbosa Júnior (PDT), administrador do município, fez uma série de acusações aos radialistas Domingos Neto e Antônio Carlos.
Segundo ele, os dois estão, até hoje, dez meses depois da sua posse, inconformados com a sua vitória na eleição. “Essa rádio pertence ao ex-prefeito e a diretora da rádio é a esposa do candidato que perdeu, que é filho do ex-prefeito da cidade”, afirmou. Para o gestor, a acusação de que ele teria “invadido” a emissora é infundada, pois “a rádio estava com as portas abertas”.
O pedetista disse que a suposta entrada violenta no estabelecimento, na verdade, era uma tentativa de resposta. “Não o agredi. Fui lá para pedir um direito de resposta. Ele disse que o dinheiro tinha chegado aos cofres do município no dia 26 para eu pagar aos servidores e se questionava porque eu não tinha efetuado o pagamento no dia seguinte, mas a prefeitura recebe três repasses: dias 10, 20 e 30. Como eu ia pagar se o dinheiro só cairia na conta dia 30?”, indagou.
O chefe do Executivo filadelfense contou ainda que deve tomar as medidas legais para provar a sua boa reputação. “Registrei, no dia do ocorrido, uma queixa. Meu advogado entrará com uma queixa-crime e, na semana que vem, vou para Brasília reclamar no Ministério das Comunicações”, alertou. Barbosa Júnior, que é o mais jovem prefeito do estado, disse estar disposto a mudar não só a situação, mas também o veículo. “É um lugar onde o povo não vai, não tem renovação de ata e de administração. Vou brigar até o último minuto para fechar aquela rádio”, ameaçou.
Ele alega já ter, por algumas vezes, o direito de resposta negado. “Eles me ‘batem’ pela manhã e pela tarde, me concedem uma entrevista e dizem que já me daram espaço. Esta é uma rádio comunitária mesmo ou seria partidária?”, questionou.
Por: Bahia Noticias
Edição www folhadovale.net