Policiais que intimidaram jornalistas na cobertura de surto de soldado no Farol da Barra serão ouvidos
Os jornalistas foram intimidados por policiais na cobertura jornalística no caso envolvendo um policial que foi morto, em Salvador, no domingo (28).
SALVADOR – Um procedimento interno para apurar a conduta de policiais que atiraram para intimidar jornalistas no domingo (28), durante a cobertura do surto do soldado da corporação no Farol da Barra, será aberto pela Polícia Militar da Bahia.
Um vídeo gravado pelos profissionais mostra um dos policiais efetuando disparos para cima para dispersar os profissionais da imprensa do local, além disso, eles foram empurrados pelos agentes.
De acordo com o major Cledson informou ao Bahia Notícias, os envolvidos da PM serão ouvidos. Ele esclareceu que um procedimento interno de acompanhamento será aberto, posteriormente os envolvidos serão ouvidos e direcionados em sentido do procedimento normal administrativo nosso.
Ainda na tarde de domingo, o soldado da PM Wesley Góes, lotado na 72ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM de Itacaré), invadiu o cercado do Farol da Barra, armado com pistola e um fuzil calibre 5,56.
Depois de quase quatro horas de negociação, uma equipe do Bope foi acionada para o local. Com a chegada da equipe do Bope, Góes acabou atirando contra os companheiros de corporação, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Ao revidar à injusta agressão, Góes foi atingido por 10 tiros em meio a uma tentativa de neutralização. O policial foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas morreu ainda na noite deste domingo.