Papai Noel já está com as barbes de molhe o presente é linguagem de grife
Será que vai aparecer um marqueteiro de grife moderninha inventando um Natal assexuado? Papai Noel já está com as barbes de molhe.
Esperava Eu, tudo! Menos que um dia iria chamar um conluio de gente no século da evolução de todes!!! Simplesmente bizarro tudo o que estamos assistindo. Aristóteles traduzia o símbolo linguístico numa entidade lógica pronta para tomar lugar numa proposição. É da proposição que o raciocínio lógico se movimenta, e é por isso que a lógica é a arte da dedução. O símbolo é um elemento evocativo de uma realidade experimentada. A prova de que o Brasil está com todos os seus problemas resolvidos é esse novo brinquedo da patrulha dodói. Será que vai aparecer um marqueteiro de grife moderninha inventando um Natal assexuado? Papai Noel já está com as barbes de molhe.
A linguagem neutra, além de ser um português ensinado errado, suprime as diferenças entre homens e mulheres, impõe uma assepsia de gênero que destrói o princípio de separação entre meninos e meninas. É impor o caos e a confusão sexual na cabeça de crianças. A base do que se considera machismo linguístico já tem uma premissa equivocada. No latim, os pronomes neutros terminam em “u” e foram adaptados para “o” no português. Ou seja, se eu digo “todos” em português, posso estar me referindo a ambos os sexos. O diferencial é o pronome feminino, “todas”. Ou seja: não existe rigorosamente nada de machismo linguístico nos pronomes em português. Mas esta é uma ignorância calculada dentro do escopo de uma guerra cultural.
O progressismo histérico da ideologia de gênero quer anular diferenças biológicas entre homens e mulheres, sob o pretexto feminista de que há um patriarcado opressor em cada canto do mundo e das pessoas. E da própria linguagem. A ideologia de gênero propõe que seria absolutamente natural para ambos os sexos se verem em outros gêneros sexuais – alguns inclusive fora dos termos binários “homem” e “mulher”. Para isto, tentam infundir a ideia que o gênero é uma construção sócio cultural, não simplesmente biológica, como percebemos pela lógica mais elementar e clara, através dos nossos olhos mesmos.
Anular as diferenças de pronomes de tratamento em nome de uma eventual disforia de gênero de uma pequena minoria de pessoas que se sintam desconfortáveis dentro do seu próprio sexo para criar uma linguagem e um comportamento não binários e ensinar isto a crianças é um crime monstruoso. Crime monstruoso que provoca confusão, caos na psique da criança. Um crime que começa pela linguagem e se projeta como ação da desconstrução dos gêneros sexuais.
Tudo em nome de uma liberdade sexual – que se transforma em caos sexual e de personalidade – ensinados a crianças. Ora, ensinar a uma criança desde o berço que, pela linguagem e pela percurso de uma vida, não há uma gênese biológica que separa os sexos e que o gênero sexual é uma construção sócio-cultural, é tentar perverter e confundir algo de natural apreensão pela simples percepção do próprio corpo.
A tentativa de impor uma mudança artificial na língua não é bobagem, nem piada. Parem de achar algo sem importância. A imposição da linguagem neutra é um crime cultural de primeira grandeza. Se um elite burocrática pode impor a destruição da linguagem e construir uma nova simbologia alheia a realidade, então, eles podem controlar os pensamentos, na medida que dependemos de palavras para expressá-los.
Linguagem neutra é uma não-linguagem. Não há fenômeno linguístico real, é mera narrativa ideológica enfeitada de discussão sobre linguagem. Trata-se da tentativa de destruir a percepção da realidade através da destruição da sintaxe. Hoje, o movimento revolucionário, que tomou de assalto parte do aparato burocrático do Estado, vale-se dessa estrutura para impor o processo revolucionário de destruição da língua.
Qualquer um que se oponha vira um alvo. Subverter a essência de uma democracia, jogando no lixo a soberania popular para por no lugar uma elite burocrática não eleita, é apenas um jeito polido de criar uma oligarquia tecnocrata, uma forma de transformar uma democracia numa tirania gerida por “especialistas”. Geração Nutella está derretendo.
Por: Danilo Birnfelt