Ordem da Justiça é cumprida e barracos dos sem-terra são destruídos em Malhada

Os 107 policiais que participaram da operação foram divididos entre batalhão de mediação, para o primeiro contato caso houvesse moradores nos barracos do acampamento.

Maquinário colocaram a baixo na manhã da última segunda-feira, 5 de novembro,no acampamento Pedro Pires Nogueira,localizado na fazenda Santa Rita,na região do povoado do Julião,em Malhada,sudoeste da Bahia. A ação fez parte da reintegração de posse da área pertencente a Ademar Teixeira de Barros, (Zu).

Em torno de 107 policiais militares do 17º Batalhão e Polícia Rodoviária Federal, sob o comando do major Medeiros, para garantir que a ordem de desocupação emitida pela Justiça fosse cumprida, não houve confronto.

De acordo com Medeiros, os homens chegaram por volta das 06h40min, e mais de 60% dos barracos foram encontrados todos vazios. O Conselho Tutelar de Malhada também foi até o acampamento, para agir caso fossem encontradas crianças sendo usada como escudo humano.

Os 107 policiais que participaram da operação foram divididos entre batalhão de mediação, para o primeiro contato caso houvesse moradores nos barracos do acampamento. Outros ficaram no povoado do Julião controlando o deslocamento dessas pessoas.

Revoltados os acampados diziam que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representava a classe, mas ele mostrou que não tava preocupada em favorecer os pequenos. “Em 2014 vamos dar a resposta a Dilma que não desapropriou nada na região nos último três anos, nossa maior arma é o voto e vamos quem manda nesse país”, concluíram.

O líder do movimento Salvador Bernardes da Conceição, citou que decisão judicial é para ser cumprida discutida. “Nosso advogado vai tentar rever essa decisão, vamos acampar no corredor ao lado da fazenda”, concluiu Salvador.

Segundo o Coronel Medeiros, foram mobilizados 107 homens das polícias Militar, Especial e Federal. “Nossa intenção é fazer o serviço pacificamente, antes tivemos uma conversa com o líder do movimento que garantiu que seria pacífico e esta sendo”, conclui. Medeiros informou que o serviço só deve ser concluído nesta quarta-feira (6), quando os acampados retirarem todos os pertences.

O fazendeiro Ademar Teixeira de Barros, (Zu), comemorou a decisão que demorou quatro anos para sair. “Eles acabaram com a minha propriedade vou demorar dois anos para recuperar a área que foi devastada pelos acampados. Vou tomar todas as medidas para que esse pessoal não volte a invadir minhas terras. A justiça provou que eu estava certo todo esse tempo”, disse.

A área tem aproximadamente 700 hectares e estava invadida desde 2009. Desde então a Justiça já havia expedido três mandados de reintegração de posse, que não foram cumpridos.

Redação www folhadovale.net

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