Ministro Rui Costa será lançado como candidato ao Senado

A declaração foi feita por aliados no dia 21 de março, na inauguração do trecho da rodovia BR-135, que liga Cocos à divisa com Minas Gerais.

COCOS — Apesar de negar que a discussão para o Senado ficará para 2026, um grupo de aliados lançou Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil, como pré-candidato ao Senado no próximo ano. A declaração foi feita por aliados no dia 21 de março, na inauguração do trecho da rodovia BR-135, que liga Cocos à divisa com o estado de Minas Gerais.

O Portal Folha do Vale está nos Canais do WhatsApp; veja como participar. Pelo nosso canal você recebe notícias atualizadas de hora em hora.

Na condição de anonimato, um deputado informou que não faz sentido não colocar Costa na disputa no pleito de outubro de 26. “O PT não vai deixar Rui Costa de lado para o Senado, mas essa conversa será feita depois do Carnaval”, lembrou o deputado.

Questionado sobre como ficaria o senador Angelo Coronel (PSD), candidato natural à reeleição, o político respondeu que haverá conversas. Coronel declarou, enquanto realizava caminhada, que alguém estaria tentando passar a rasteira nele, inclusive o governador Jerônimo Rodrigues (PT) reagiu dizendo que não viu ninguém atrás dele.

A chapa do sonho do PT em 26 é Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa, assim colocaria para escanteio uma figura que já deu inúmeros exemplos de que não engole sapos. Para entender o “fenômeno” Coronel, é preciso voltar no tempo, em 2017, quando ele costurou a eleição da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, defenestrando o imbatível Marcelo Nilo.

À época, o governo observou com desdém o movimento de uma alternativa a Nilo e foi obrigado a recuar depois que a oposição embarcou no projeto de Coronel. O resultado disso é público: ele virou presidente da Assembleia e de lá foi catapultado para a cadeira de senador.

Nos bastidores, Coronel tem dito que não deve aceitar ser removido da chapa majoritária de 2026 sem antes lutar para estar nela. Nem que, para isso, provoque um racha na base aliada estadual. O cenário é improvável, devido à postura leal que o PSD tem mantido. Mas isso não quer dizer que essa lealdade não possa ser questionada em caso de uma “traição” que exclua o partido dos cargos mais relevantes de 2026.

Deixe seu comentário