Menor acusado de espancar menina de 11 anos em Malhada concede entrevista ao portal Folha do Vale
“Gritei, porém eles não ouviram. Chamei então meu primo, em seguida avisei Eliana”, disse o adolescente

Na noite do último sábado, 28 de abril, o adolescente de 16 anos, acusado de espancar a menor Iara da Paixão de Souza, de 11 anos, recebeu a equipe do portal Folha do Vale, em sua residência e contou o que viu naquela tarde de 23 de março de 2018.
Tímido e de poucas palavras, o estudante do 1º ano do ensino médio, do colégio São Sebastião, no distrito de Canabrava, em Malhada, no Sudoeste da Bahia, afirmou que sua vida virou de cabeça para baixo, desde que foi acusado de espancar sua vizinha.
Ao portal Folha do Vale, ele narrou como foi sua última conversa com Iara. Conforme o adolescente, antes de seguir para o colégio, ela foi à sua casa pedir para colocar ar no pneu de sua bicicleta. “Ela me perguntou se eu já estava indo, respondi que não. Depois do banho, me vestir e almocei. Sair de casa uns 20 minutos depois. Em seguida, depois do riacho de ‘Tindão’, ouvir gemidos, olhei e percebi que era Iara. Chamei pelo seu nome, como ela não respondeu fiquei apavorado”, disse o adolescente.
De acordo com o adolescente, naquele momento passou o tio de Iara e outra pessoa numa motocicleta, como eu estava agachado vi eles depois. “Gritei, porém eles não ouviram. Chamei então meu primo, em seguida avisei Eliana”, disse o adolescente.
F V- Você espancou Iara ou viu alguém espancando?
Adolescente- Não espanquei ninguém, jamais faria isso. Ela já estava caída no momento que eu passei. Ouvir gemidos e tentei ajudar, estou sofrendo muito. Sou visto como criminoso, não sou criminoso. Se eu tivesse visto alguém espancando Iara, eu falava.
F V- Sua vida mudou nesses quase 40 dias?
Adolescente- Sim, não vou mais ao colégio. Tenho medo que aconteça algo comigo, existe muitos comentários. Minha intenção foi das melhores, nunca imaginei isso. Agora sou visto por alguns como assassino. Prestei depoimento na delegacia de Carinhanha, falei tudo que sabia. Os policiais estiveram aqui. Querem que eu aponte alguém, como posso fazer isso. Não vi ninguém. Não tenho nada para esconder.
FV- O que você falaria para Eliana?
Adolescente – Não tenho nada para esconder, também não sou assassino. Eliana me conhece e sabe que eu não seria capaz dessa monstruosidade. Se eu soubesse quem é o assassino já teria dito aos policiais, peço que não me julguem nesse momento. A verdade vai aparecer.
Redação www folhadovale.net