Me conta aqui, você se cuida?
O autocuidado pode parecer coisa de desocupado, mas não é não. Aqui vão pelos menos cinco coisas que demandariam mais sua atenção.
Eu sei que, muitas vezes, o autocuidado pode parecer coisa de desocupado. Sei, também, que você pode dizer, sem nem se esforçar, pelo menos cinco coisas que demandariam mais sua atenção do que cuidar de você mesmo(a).
Mas, eu te pergunto: “Você já tomou água de pote?”. Lembro que, quando eu era pequena, meus pais costumavam nos levar para a roça nos finais de semana. E, lá, a água era de pote! E qual a pior coisa de tomar água de pote (tirando, é claro, as rãs…risos)? Você chegar com muita sede e não encontrar água.
De repente, então, a gente se dá conta de que pote não tem água encanada, nem é minação. Para tomar aquela água fresquinha e saborosa, temos que “perder” tempo enchendo o pote. Nós, também, somos assim! Você pode até viver vários anos sem prestar atenção à sua saúde, à sua família, aos seus amigos, à sua fé… mas, um dia, a água acaba!
Você pode ter visto isso acontecer com um amigo ou parente, mas pensou “Sou forte como um touro” ou “Isso é porque ela não se cuidava”. Apesar de, às vezes, termos quase certeza que somos imortais, máquinas super eficientes, todos nós somos humanos e necessitamos de atenção e cuidado. Lembre-se: até as máquinas precisam de manutenção periódica e, por vezes, necessitam ser substituídas.
Eu sei que você pode não ter tempo, não ter dinheiro ou não ver necessidade, mas cuidar de si mesmo (a) pode te ajudar a conseguir alcançar, mais rápido e de maneira menos custosa, seus objetivos.
Nem sempre as atividades enquadradas no autocuidado necessitam dinheiro ou têm altas demandas de tempo. Na verdade, muitas delas necessitam apenas da nossa plena consciência, de nos fazer presentes nas atividades que praticamos no dia a dia.
As atividades classificadas no autocuidado são diversas: física (alimentação saudável, dormir bem, ter períodos de descanso, praticar uma atividade física), espiritual (realizar orações, frequentar os ritos da sua fé, meditar, entender suas crenças), intelectual (ler, trabalhar, escrever um diário, aprender novas habilidades, ensinar o que sabe), emocional (fazer terapia, saber falar não, impor limites, reconhecer seus limites, chorar) e social (ter amigos, mandar mensagem/ligar para algum amigo, conhecer novas pessoas).
Esses são alguns exemplos dentre várias possibilidades de autocuidado. Observe o que já realiza; depois, avalie, nessas diferentes áreas, quais necessitam de atenção. Então, experimente! Eleja as suas prioridades e planeje-se a partir daquilo que é mais importante para você.
Em seguida, tente realizar as atividades que você se propuser por um mês! Desafie-se e observe como você se sentirá a respeito. Mas, lembre-se, isso não é um plano fechado! Você pode acrescentar ou remover as ações a depender do que funcione ou não para você.
Após um período, reavalie tudo. As práticas têm feito sentido para você? Têm ajudado? Está conseguindo manter seu pote com água fresca e saborosa? Só experimentando, de verdade, você vai poder avaliar como o cuidado pessoal pode contribuir para sua rotina de vida e trabalho. A mudança é difícil, eu sei! Mas, têm coisas que a gente só vive quando desacelera!
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