MALHADA: estudantes do distrito de Canabrava protestam na sede da Embasa
Com cartazes, os estudantes e moradores exigem que a Embasa distribua água de qualidade para os moradores.

MALHADA — Alunos das escolas da rede municipal do distrito de Canabrava, zona rural de Malhada, na região sudoeste da Bahia, fizeram uma manifestação na sede da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), na tarde desta sexta-feira (26), para protestar contra a falta de água e a má qualidade.
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Com cartazes, os estudantes e moradores exigem que a Embasa distribua água de qualidade para os moradores. Além da falta de água, que afeta o distrito há mais de uma semana, eles alegam que não têm como consumir a água da forma que chega nas torneiras.
O ato contou com a presença de centenas de alunos, muitos que não banham há mais de 2 dias por falta de água. “Nos juntamos com a população e viemos por própria vontade. Pela situação da população de Canabrava, que está passando por necessidade de água. Tem casa que as pessoas não têm água nem para tomar banho”, afirmou um morador.
Durante a manifestação, os alunos exibiram um vídeo mostrando a situação e o local em que a água está sendo captada, que não oferece condição mínima. Os moradores afirmam que a Embasa não cumpre a Portaria GM/MS nº 888/2021, que, considerando a água de boa qualidade e própria para consumo, estabelece que ela não deve apresentar cheiro.
Logo no início da manhã, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Malhada, Jorge Aragão, fez uma representação junto ao promotor Rosiel Silva Santos Junior, denunciando a qualidade da água e solicitando providências.
“A representação tem por finalidade levar ao conhecimento de Vossa Excelência a séria ameaça à saúde da população e o desrespeito aos direitos do consumidor enfrentados pelos moradores do distrito de Canabrava, em decorrência da má qualidade da água fornecida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (EMBASA)”, diz um trecho da representação.
Ainda na sessão desta sexta-feira, os vereadores, por unanimidade, repudiaram o comportamento da Embasa e decidiram formar uma comissão para apurar. Para os vereadores, são quase 10 dias sem água nas torneiras e, quando vem, é imprópria para o consumo, mas o mais grave é que a empresa não se manifesta.