Juvenília completa 18 anos de emancipação política

Nesse período, o povo viu de perto o TRE - Tribunal Regional de Minas cassar o mandato de um gestor por abuso de poder econômico. O povo também ver uma menina mulher ser conduzida por uma gestão que administra através de limar.

O Município de Juvenília, no norte de Minas Gerais, completa nesta quarta (23), 18 anos de emancipação política.

Juvenília
Juvenília

“São 18 anos de progresso e fracasso somados por cada gestão”. Cidade menina que acaba de virar mulher, que sonha em crescer, se desenvolver e oferecer dias melhores para seu povo!

A cidade ordeira de povo inteligente conheceu o fracasso administrativo nos últimos seis anos e meio, onde parou no tempo e por pouco não se transformou numa cidade deserta. Nesse período, o povo viu de perto o TRE – Tribunal Regional Eleitoral de Minas cassar o mandato de um gestor por abuso de poder econômico. O povo também ver uma menina mulher ser conduzida por uma gestão que administra através de limar.

A origem de Juvenília se deu com o desbravamento dos sertões de Minas Gerais. Em 1953, a pedido do Sr. Antônio Lopo Montalvão, prefeito de Manga, na época, o Coronel Manoel José de Almeida veio a Montalvânia, uma pequena vila localizada à margem do Rio Cocha no Norte de Minas, para apaziguar lutas que ocorriam nas fazendas, por invasão de Terras. Conhecendo a região e para atender, mais uma vez, um pedido do Sr. Antônio Montalvão, o Coronel resolveu fundar aí uma escola, como o objetivo de atender as necessidades locais, amparando os filhos de lavradores e pequenos agricultores da zona rural e das regiões circunvizinhas, preparando-os para a vida, que por sinal muito difícil na época.

Essa escola foi formada, à margem direita do Rio Carinhanha na Fazenda Bom Sucesso, pela sua posição geográfica e por ser terras de propriedade pública.
O ilustre Coronel trouxe consigo, de Esmeraldas, uma bandeira composta de 12 bandeirantes. Chegaram aqui, no dia 23 de setembro de 1953, com muita dificuldade, pois nem estrada havia na região.

Fundaram então o Núcleo do Vale do Carinhanha e a escola com nome de Professor Manoel Ambrósio. Cada bandeirante exercia uma função diferente. Eram eles: Negrinho, como carpinteiro; Ambrósio, como agricultor; José Rodrigues e Luciano, como oleiros; Avelar, como padeiro; Mauro, como farmacêutico; Edgar, como chefe escoteiro; Jaime, como sapateiro; Domingos Sávio, como horticultor; Vicente e Claudionor, como alfaiate e também o padre José Augusto que celebrou a primeira missa e trouxe a imagem de Nossa Senhora de Fátima que se tornou a padroeira do lugar.

Devido à escola, que oferecia o curso de 1ª à 4ª série desenvolver um trabalho solidário, até então nunca visto nas proximidades, com atividades cívicas, social, religiosa e até mesmo médica. Foram atraídas muitas pessoas das regiões circunvizinhas. Essas pessoas construíram suas casas em volta da escola, surgindo assim a vila que recebeu o nome de Bom Sucesso (nome da antiga fazenda).

Bom Sucesso cresceu e progrediu sob os pulsos do forte bandeirante Coronel Manoel José de Almeida e dos senhores Sargento Edson, Antônio Gomes, José Olímpio de Souza e outros, que foram os primeiros diretores e administradores da vila. O crescimento da população que radicou-se aí foi intenso, daí a necessidade de comunicação. O rio Carinhanha, por intermédio da escola, serviu de ligação entre os povoados, sendo ambos a mola mestra para o desenvolvimento.

Em homenagem à bravura do escoteiro Caio Viana Martins, que morreu acidentado, deram o nome à escola de Instituto Educacional Caio Martins. A vila também ficou conhecida por esse nome. Até então a Vila Caio Martins era dependente de Manga. Em 1954, Antônio Montalvão transferiu a prefeitura de Manga para Montalvânia, e algum tempo depois conseguiu a emancipação dessa cidade.

Redação www folhadovale.net

Deixe seu comentário