Júri condena réu a mais de 23 anos de prisão por morte de ex-namorada em Palmas de Monte Alto

O acusado de homicídio triplamente qualificado foi condenado na terça-feira (29), mas não terá pena reduzida porque respondia liberdade.

Acusado de matar ex-namorada vai a júri. Foto: reprodução
Acusado de matar ex-namorada vai a júri. Foto: reprodução

PALMAS DE MONTE ALTO – O réu Otílio Calisto de Souza Júnior, 39 anos, foi condenado a 23 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado por ter matado a ex-namorada, Izaene Mesquita Lima, conhecida “Kika”, em dezembro de 2014, que à época foi assassinada com com 33 golpes de faca.

A sentença foi determinada em julgamento realizado na terça-feira (29), no Tribunal do Júri, no Fórum de Palmas de Monte Alto. O acusado de homicídio triplamente qualificado respondia em liberdade, então, não terá pena reduzida.

No julgamento, presidido pelo Juiz Substituto da Comarca de Palmas de Monte Alto, Arthur Antunes Amaro Neves, foram ouvidas testemunhas de acusação. A acusação foi feita pelo representante do Ministério Público, Francisco Freitas Júnior.

O representante do MP pediu a condenação do réu nos termos da pronúncia, enquanto os advogados de defesa Diego Felipe de Figueiredo e Silva e Fernando Lorenzzo Figueiredo da Silva, alegaram ausência das qualificadoras e defendeu a hipótese de homicídio simples.

Formado por 7 mulheres, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria, materialidade e autoria do delito, e todas as qualificadoras defendidas pelo MP. Os jurados condenaram o réu. O magistrado atendeu ao requerimento do promotor e decretou a prisão preventiva do de Otílio.

Ao Portal Vilson Nunes, o representante do MP disse que saiu do júri com o “sentimento” de dever cumprido. “Entendemos que foi feita justiça, pois foi um caso estarrecedor, não se trata de um feminicídio, porque foi anterior a Lei que criou essa denominação, mas em razão da repercussão, acredito que a sociedade de Palmas de Monte Alto deveria ter essa satisfação através do Conselho de Sentença”, comentou.

Fernando discordou da pena imposta, alegando que a defesa apresentou recurso para tentar a redução da pena. Ele também informou que vai recorrer da decisão, pois é um direito do réu.

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