Júnio Guedes paga fiança de 10 salários e deixa carceragem de Carinhanha
A fiança de 10 salários foi estabelecida pelo mesmo juiz que decretou a prisão, Arthur Antunes Amaro Neves.
CARINHANHA — O radialista Júnio Guedes foi solto da carceragem da Delegacia Territorial de Carinhanha, no sudoeste da Bahia, na tarde desta quinta-feira (16), depois de pagar fiança de 10 salários mínimos (R$ 14.120,00 reais de fiança).
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Ele estava preso desde a noite de quarta-feira (15), após ser preso em flagrante por desobediência em um processo em segredo de Justiça. A fiança foi estabelecida pelo mesmo juiz que decretou a prisão, Arthur Antunes Amaro Neves.
A representante do Ministério Público concordou com a soltura do comunicador, mediante o pagamento de fiança de 20 salários mínimos, mas a defesa alegou que o valor era superior às condições financeiras do cliente, o qual recebe menos de 3 salários mínimos em seu serviço.
Diante da situação, o magistrado decidiu pela soltura com o pagamento de 10 salários mínimos, definindo um valor coerente com a pedida mútuo. Guedes fica proibido de comentar o processo que segue em segredo de justiça.
Já em liberdade, ele afirmou que não tinha ciência de estar cometendo o crime, dizendo que apenas quis se defender da nota emitida pela Prefeitura de Carinhanha. Ele se diz tranquilo e disse que retorna com as denúncias e o trabalho que sempre prestou à população.
A ordem foi cumprida pela Polícia Civil, quando ele se preparava para realizar uma live. Guedes divulgou trechos do processo em sigilo, como mandado e decisão judicial que estava em segredo de justiça, configurando crime de quebra de segredo de justiça, mesmo já tendo sido intimado pessoalmente para não divulgar.
À Folha do Vale, a defesa, representada por Emanuel Inocêncio Cunha da Silva, disse que foi noticiado ao MP que possivelmente estaria acontecendo um crime de desobediência por parte de Guedes, então, o MP acionou o magistrado.
Ele disse que o juiz decidiu encaminhar os autos do processo para Adriana Santos, delegada de Carinhanha, para verificar se de fato estaria acontecendo o crime de desobediência. Emanuel explicou que, como o vídeo foi postado na internet, a delegada entendeu que havia crime continuado, então respondeu haver flagrante delito.
“Não houve mando de prisão, mas Adriana Santos entendeu que ele [Júnio] estava em flagrante”, explicou.