Idoso é encontrado morto no bairro Bela Vista em Guanambi

A vítima, identificada como Benevaldo Antônio Reis, foi localizado pendurado por um fio no pescoço e amarrado no caibro do telhado de uma residência

Rabecão
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Um idoso de 72 anos de idade foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (31), no bairro Bela Vista, em Guanambi, no Sudoeste da Bahia. A vítima, identificada como Benevaldo Antônio Reis, foi localizado pendurado por um fio no pescoço e amarrado no caibro do telhado de uma residência.

O idoso era paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS),segundo informação da família.Benevaldo fazia uso de medicação controlada. “Ele já havia tentado suicídio anteriormente”,comentou um parente.

Agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estiveram no local onde realizaram a pericia. Após levantamento cadavérico o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Guanambi, para ser realizado o exame de necropsia. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Os dados nacionais ainda são escassos, mas evidenciam que o país acompanha a tendência global. O Mapa da Violência 2014, organizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, aponta que, acima dos 60 anos, há oito suicídios por 100 mil habitantes, taxa maior que a registrada entre outros grupos etários.

Entre 1980 e 2012 — período avaliado no estudo —, houve crescimento de 215,7% no número de casos entre os idosos. Da mesma forma que ocorre com os mais jovens, os homens são as principais vítimas. Aos 75 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a razão é de oito a 12 suicídios masculinos por um feminino.

Segundo a psicóloga Denise Machado Duran Gutierrez, professora da Universidade Federal do Amazonas, na terceira idade, especialmente quando há doença degenerativa, com perda de capacidade funcional e dor crônica, e quando há perda de laços referenciais e de uma série de suportes, o idoso fica muito vulnerável.

“Existe essa impressão que o idoso não se mata porque está no fim da vida, porque passou pela adolescência, estabeleceu uma família, já enfrentou o pior da vida. Não é bem assim. Por trás do desejo de antecipar o fim da vida, estão as perdas. Perda de saúde, autonomia, produtividade, papéis sociais. Perda de cônjuges, amigos, cuidadores e de outras pessoas nas quais eles depositam confiança”, destaca.

Por: Mateus Souza/ Folha do Vale

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