Empresas investigadas pela Polícia Federal se revezavam em licitações na prefeitura de Caetité

“É a modalidade que permite campo propício para fraude, uma vez que o agente público escolhe as empresas que vão participar”, resume o procurador.

LicitaçãoA Operação Burla desencadeada no dia 14 de julho pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União desbaratou um esquema criminoso de fraudes em licitações que tinha como objetivo desviar dinheiro público. Dois empresários acusados de chefiar o esquema Júlio César Cotrim e Josmar Fernandes, foram presos e segundo o MPF o esquema pode ter movimentado cerca de 80 milhões de reais na região.

Caetité figura entre as cidades onde as empresas participantes da fraude atuavam. Todas as licitações na modalidade Carta Convite foram feitas com as empresas investigadas na Operação Burla da Polícia Federal de propriedade dos empresários presos desde o dia 14 do mês passado.

Segundo o Procurador do Ministério Público Federal Dr. Vitor Cunha Souza esta é a modalidade mais adequada para o administrador realizar falcatruas: “É a modalidade que permite campo propício para fraude, uma vez que o agente público escolhe as empresas que vão participar”, resume o procurador.

A Prefeitura de Caetité contemplou as seis empresas do esquema criminoso: JK Tech Construções Ltda, Fernandes Projetos e Construções, Construjam Construções, Construtora Birajara, Companhia Brasileira de Serviços Industriais e Infraestrutura Ltda (Cobra Siel), da Euplan Construções e da Cotrimax fazendo um rodízio entre elas.

Além disso, questiona-se o valor licitado pela prefeitura caetiteense de 12 milhões de reais com horas de máquinas para recuperação de estradas e mais 3 milhões e cem mil reais com roçagens o que daria para comprar mais de vinte máquinas novas.
Certamente, o desenrolar das investigações da Operação Burla deverá apurar responsabilidades e punir culpados por eventuais desvios de recursos públicos.

Por Bonny Silva

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