Defesa de Tiago diz que não existe mandado, e cliente não está foragido

Dr. Júnior disse que, através da consulta, via token, e acesso ao PJE - Processo Judicial Eletrônico, não encontrou o processo.

Consulta feita no sistema. Foto: divulgação

GUANAMBI — A defesa do servidor Tiago Francisco Castro de Souza, 37 anos, suspeito de práticas indevidas contra o erário municipal, se manifestou na tarde de quinta-feira (11).

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O advogado José Cardoso Júnior, Dr. Júnior se manifestou após o prefeito de Guanambi, Arnaldo Pereira de Azevedo, Nal Azevedo (Avante), conceder entrevista no período da manhã ao radialista Ronny Martins, da Rádio Alvorada.

Ao radialista, Nal afirmou que, além de registrar uma ocorrência, também informou que havia um mandado de prisão em desfavor do servidor. O prefeito ressaltou que foi exonerado primordialmente da função comissionada, não do cargo efetivo (através de concurso público).

De acordo com Dr. Júnior, ele foi até a delegacia para solicitar uma cópia da ocorrência, mas não encontrou nada. O advogado disse que posteriormente procurou o Ministério Público para ter acesso ao número do procedimento, porém ainda não foi entregue, pois o mesmo tramita em sigilo absoluto, tendo já juntado o mandato procuratório outorgado pelo investigado, justamente para obtenção do mínimo de informações essenciais ao indeclinável exercício do direito constitucional da ampla defesa e do contraditório.

Ainda de acordo com Dr. Júnior, por meio da consulta, via token, e acesso ao PJE – Processo Judicial Eletrônico, não encontrou o processo. Ele explicou que, mesmo se estivesse em sigilo de justiça, constaria no sistema, por isso, ele considera estranho a forma como o prefeito divulgou o mandado.

O advogado afirmou que seu cliente não está foragido, inclusive estava em uma lanchonete na noite de quarta-feira (10), no bairro Alvorada. Meu cliente está em casa e não fugiu, mas o estranho é que não aparece o processo, e eu ainda não tive acesso ao procedimento instaurado pelo do MP.

Para o advogado, seu cliente é pai de dois filhos e teve a conta bloqueada, bem como toda movimentação financeira. Ele ressalta que tal restrição imposta acarretará sustento alimentício de sua família, até mesmo porque incidem descontos de uma pensão ordenada pelo poder judiciário numa decisão já transitada em julgado).

“Vamos esclarecer os fatos o mais rápido possível”, comenta.

O advogado disse que há um procedimento administrativo municipal instaurado justamente visando à apuração de fatos e atos em determinado período.

Questionado se houve o desvio, Dr. Júnior respondeu que Tiago está à disposição da justiça. Dr. Júnior informou que é preciso ser cauteloso, como exige o bom senso, e aguardar os próximos capítulos”, lembra.

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