“Cena do crime foi manipulada”, diz advogado de homem suspeito de atirar em policial em Lagoa Real

O advogado disse que inventaram tudo, afirmando que o policial à paisana foi baleado pela própria arma em uma cena alterada pelos colegas.

LAGOA REAL – O advogado do homem suspeito de atirar em um policial militar na noite do último sábado (6), em Lagoa Real, no sudoeste da Bahia, contesta a versão apresentada pela Polícia Militar.

Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Juscilei Ramos da Silva , disse que é mais  caso  entre tantos que acontecem em cidades do interior, em que a PM abusa do seu poder de polícia. Ele afirmou que obteve imagem que é possível ver que o policial à paisana, conversa amistosamente com o seu cliente.

Conforme o advogado, os ânimos se afloram e o policial deu uma coronhada na cabeça do suspeito. Depois da agressão, o policial  teria dito que o espaço de Lagoa Real era muito pequeno para os dois e que um tinha  que sair.

O advogado  relatou que seu cliente chegou a ir embora para casa, onde foi abordado mais tarde pela guarnição da PM, com o policial à paisana, que estava totalmente embriagado, acompanhado de mais dois fardados.

Ele ressaltou que os policial invadiram a residência do suspeito de forma ilegal, onde agrediram  a esposa do suspeito e o próprio suspeito. “Colocam uma arma dentro da boca dele dizendo que iriam matar. Meu cliente pede clemência. Daí não se sabe ao certo o que aconteceu, mas é a arma do policial, uma 9 mm, que dispara e acerta numa pedra e os vestígios que atingem o policial”, contou.

Ainda conforme o advogado,  o policial foi levado pelos colegas para a viatura, ocasião em que vestiram uma farda para forjar que ele estava em serviço e, só depois, o encaminham para o hospital.

“Meu cliente foi levado na madrugada à delegacia depois de ter sido espancado”,comentou.

Jusclei afirmou que Inverteram tudo, deixando claro que o caso é muito fácil de ser desvendado, pela arma, pelas imagens, pelo histórico do policial de confusão em Lagoa Real, pelos vestígios. Tanto o PM que estava embriagado e foi atingido, quanto os outros dois, que acobertaram e manipularam a cena do crime, serão responsabilizados. É um caso gravíssimo!”, finalizou.

O comandante da 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), disse que a nota divulgada pela instituição reflete as informações disponíveis colhidas no momento da ocorrência. “Não tenha dúvidas que haverá apuração que verificará a veracidade dos fatos a fim de que a justiça seja alcançada”, garantiu.

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