Carinhanhense acionará a justiça por exposição indevida da sua imagem após abordagem policial em Guanambi
O grupo foi abordado sob suspeita de pertencer à facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), no início da tarde de quarta-feira (17), na BR-030.
GUANAMBI — O carinhanhense Jodete Costa da Silva entrou em contato com a reportagem do Portal Folha do Vale na tarde de quinta-feira (18) para questionar a exposição da sua imagem no portal, durante uma abordagem realizada por policiais da 38ª CIPM e 17º BPM.
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O grupo foi abordado sob suspeita de pertencer à facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), no início da tarde de quarta-feira (17), na BR-030, em Guanambi, na região sudoeste da Bahia. O grupo teria pinchado diversos prédios na cidade de Carinhanha, além de fazer ameaças.
Em contato com a reportagem, ele informou que não havia visto, mas alguém comentou que sua imagem foi exposta pelo veículo de comunicação. A reportagem apresentou todas as matérias que trataram o assunto com muito cuidado, sem expor nomes, idades ou imagens que facilitavam a identificação.
O veículo se assegura na Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LVII, afirma que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” e afirma ainda no inciso LV que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
De acordo com Jodete, ele morou 39 anos em Brasília e é filho de Carinhanha. Indignado, ele disse que fez um favor para sua cunhada quando levou os suspeitos para Guanambi para embarcar para Salvador.
“Eu fiz um favor para minha cunhada e minha esposa, jamais soube que são integrantes de facção criminosa. Todos me conhecem em Carinhanha, jamais daria fuga para quem quer que seja”, lembra.
Ainda de acordo com Jodete, ele sequer foi ouvido em Guanambi pelo delegado Zanderlan Fernandes. “A única coisa que acharam foi um carro meu que foi furtado aqui em Carinhanha e nunca encontrei. Exportar um cidadão ou tentar vincular a qualquer coisa é algo que não aceito”, comenta.