Audiência pública debate conflito agrário e violência no campo em Malhada
Zé Doutor citou em seu pronunciamento que o gestor de Malhada vem fazendo pelos assentados e acampados o que ninguém nunca fez.
Cerca de 700 acampados e assentados do município de Malhada e região participaram na manhã desta quarta-feira, 6 de junho.Audiência pública que tratou dos conflitos agrários e da violência no campo.
Participaram da reunião prefeito municipal de Malhada, Valdemar Lacerda Silva Filho (Dezin), Hamilton Felix do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Luciano da Silva,da Divisão de Obtenção da Terra,Jaime Guilherme ,Superintendente Substituto do INCRA,vereador Mario Zan,Salvador Bernardes,Guilherme Nogueira,Cosme e José Antônio da Silva(Zé Doutor),da FETAG,Raimundo Basileu,presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, presidente de associações e demais movimentos sociais e trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Dezin citou no seu pronunciamento que sempre foi a favor da divisão de terras, desde que seja feita de forma legal. Segundo o gestor, é inadimisivel a situação que se encontra o país hoje. “Tem de 40 anos que se fala em reforma agrária, mas ela não chega às mãos de quem precisa. Temos que cobrar dos órgãos competentes medidas enérgicas. Não podemos deixar o povo viver nessa situação, distribuindo terras, sem ter suporte para trabalhar”, disse.
Dezin finalizou o discurso reafirmando seu apoio ao movimento do sem terra. Segundo ele, no ano de 1999 ele esteve junto com o povo na luta pelas terras de Marrecas, sendo que o assentamento hoje é modelo na Bahia. “Meu pensamento continua o mesmo de 1999, dando apoio ao movimento”, disse.
Zé Doutor citou em seu pronunciamento que o gestor de Malhada vem fazendo pelos assentados e acampados o que ninguém nunca fez, nos anais da história do município. “Se os assentados têm água e estradas são graças à força de vontade de homem, até por que aquilo não é obrigação dele, mas Dezin se prontificou e mudou a cara desses assentados e acampados”, disse.
Entre os pontos de discussão que foram abordados na audiência estavam à mediação ou solução de conflitos na área denominada médio São Francisco, onde está localizado o acampamento de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra conhecidos como Pedro Pires Nogueira, além da verificação do andamento de inquéritos policiais agrários e das medidas adotadas para segurança física de pessoas ameaçadas.
Os representantes do INCRA ouviram todas as propostas e prometeram encaminhar esse documento, para a entidade resolver essa questão que atinge centenas de famílias não só de Malhada.
Redação www folhadovale.net