Animais soltos em rodovias representam grande perigo para motoristas e passageiros

Para um prefeito na época, o consórcio conseguiria um caminhão com gaiola e faria rondas desde Urandi até Carinhanha, recolhendo animais.

GUANAMBI — Trafegar pelas principais rodovias da microrregião de Guanambi, na região sudoeste, representa um perigo para motoristas e passageiros. É possível que você já tenha visto algum animal solto na rodovia ou próximo a ela, em alguma viagem que você tenha feito.

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Cenas como essa não deveriam acontecer, mas são muito comuns nas BRs-122, 030, 430, BAs-161, 160, 573 e outras. Por serem vias de tráfego rápido, a presença de bichos nas rodovias representa um risco muito alto para motoristas e passageiros, além do próprio animal, que não pode se defender em casos de atropelamento.

Nos últimos 15 dias, diversos acidentes foram registrados, inclusive o último com dois óbitos. A fiscalização dessas vias é de responsabilidade da PRF e PRE, porém esse trecho é ignorado, deixando a responsabilidade nos municípios.

Para João Pessoa de Moura, 57 anos, que trafega toda semana entre Serra do Ramalho e Belo Horizonte carregado com frutas, o trecho de Serra a Urandi, na divisa com o estado de Minas Gerais, é o mais perigoso. “Em nenhum lugar do Brasil existe uma rota tão perigosa como essa, gado e cavalo soltos às margens da rodovia”, lembra João Pessoa.

Para um cacambeiro que puxa areia todos os dias entre Malhada e Guanambi, o pior trecho é entre a sede e o distrito do Julião. Ele cita que são cavalos pastando às margens da rodovia amarrados, com cordas longas que os levam para a via.

“O mais grave de tudo isso é que, quando alguém bate em um animal, não aparece o dono; perde quem morre. Precisamos mudar essa realidade”, lamenta Marcelo.

De acordo com o vendedor Adalto Correia, o que falta é força de vontade para resolver o problema. Ainda de acordo com Correia, os municípios poderiam criar uma equipe para recolher esses animais, já que muitos que deixam soltos não têm terra para criar, então insistem em criar soltos ou amarrados.

No passado bem próximo, ventilou-se a ideia do Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Alto Sertão (CDS Alto Sertão), entretanto, foi abortada. Para um prefeito na época, o consórcio conseguiria um caminhão com gaiola e faria rondas desde Urandi até Carinhanha, além de disponibilizar um número para denunciar os animais.

O agora ex-prefeito defendia naquele período que os animais fossem leiloados por um preço menor para bancar combustível e funcionário. Enquanto não há uma solução, pessoas continuam falecendo.

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