Adutora do Algodão provoca impactos ambientais e sociais no povoado do Julião

Desde que foi inaugurada no dia 9 de novembro de 2012, a adutora do Algodão, no povoado do Julião, no município de Malhada, no sudoeste da Bahia, os moradores do bairro BNH, em Julião, vem sofrendo com diversos impactos sociais e ambientais negativos, provocado pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA). Os moradores são atingidos direta e concretamente através do alagamento de suas propriedades, casas, áreas produtivas e ruas.

Segundo os moradores, a água já inundou várias ruas do BNH, inclusive chegando às portas das residências. “Meus filhos ficam o dia inteiro brincando dentro dessa água que fede muito. Outro dia tive que levar minha filha ao médico com diarréia. Não tem como tirar as crianças dessa água que corta meu quintal”, contou Sandro.

Durante a visita da nossa reportagem, o morador contou que tem dia que a água chega a uma altura de mais de 50 centímetros, como mostra a foto de uma casa. Os prejuízos são muitos causados pela EMBASA, que até o momento não demonstrou nenhuma preocupação em relação aos moradores.

A equipe do portal Folha do Vale percorreu toda área que foi inundada, que é equivalente a vários campos de futebol.

De acordo com um advogado consultado pelo portal, O município que tem áreas alagadas por reservatórios têm direito a uma indenização. Para o consultor, o povoado tem perdas expressivas quando sediam empreendimentos hidrelétricos.

Tentamos falar várias vezes com a EMBASA em Salvador, mas não fomos atendidos. O portal deixa o espaço à inteira disposição dos representantes da empresa para os devidos esclarecimentos.

A obrigação de fiscalizar a irresponsabilidade da empresa que vem causando prejuízos aos moradores é de total responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente do município de Malhada.

Redação www folhadovale.net