Rio São Francisco é sinalizado para navegação
O mesmo explicou que a viagem neste período é frustrante. “Muitas vezes temos que sair do barco para empurrar se não agente não passa e quando chega à noite é preciso encostar o barco e aguardar o dia amanhecer para continuar a viagem, é bastante cansativo”, comenta.
Uma embarcação de médio porte da empresa Codomar Ahsfra,seguiu na manhã da última sexta-feira, 21 de junho, para o município de Pirapora, no norte de Minas Gerais. Segundo os tripulantes, as viagens acontecem sempre nas águas do Velho Chico e tem por objetivo sinalizar os pontos navegáveis. Os tripulantes marcam com placas o canal do rio e os pontos que não podem ser navegáveis.
Em conversa com o portal Folha do Vale, um dos tripulantes explicou que o trabalho para medir a profundidade da água ainda é muito arcaico feito com pedaços de madeiras, o que atrasa muito o serviço. “A cada verão o nível do Rio São Francisco atinge níveis cada vez mais baixos,formando as imensas coroas e tornando-o quase impossível a navegação.As grandes embarcações já não são vistas navegando nas águas do Velho Chico,só sendo possível navegar com embarcações de médio e pequeno porte, sujeitas a encalhar nos bancos de areia e correndo risco de acidentes com troncos de árvores expostos no leito do rio”,disse.
De acordo com um marinheiro, em alguns pontos, enormes bancos de areia dividem o rio em dois canais. O mesmo explicou que a viagem neste período é frustrante. “Muitas vezes temos que sair do barco para empurrar se não agente não passa e quando chega à noite é preciso encostar o barco e aguardar o dia amanhecer para continuar a viagem, é bastante cansativo”, comenta.
O percurso mais complicado segundo um tripulante é do município de Manga até Carinhanha, aonde o rio vai estreitando e ficando cada vez mais raso. “Os desmatamentos, o lixo que tem como destino o rio e o clima seco contribuem para o assoreamento do Rio São Francisco”, concluiu.
Redação www folhadovale.net