Concursados cobram convocação e acusam prefeitura de Guanambi de manter contratos irregulares
Os concursados também criticam a permanência de servidores aposentados em funções que, segundo eles, deveriam ser destinadas a quem conquistou o direito por meio do certame.
GUANAMBI – Aprovados no concurso público da Prefeitura de Guanambi, realizado em 2022, voltaram a cobrar nesta terça-feira (19) a convocação imediata para atuar na rede municipal de ensino. O grupo, que integra o cadastro de reserva para os cargos de professor de Educação Infantil, anos iniciais e Língua Portuguesa, acusa a gestão de priorizar contratações temporárias em detrimento dos concursados.
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Em documento divulgado nas redes sociais, os candidatos afirmam que o edital nº 01/2022 prevê a convocação de até cinco vezes o número de vagas ofertadas em cada segmento, mas, até o momento, os aprovados não foram chamados. Eles alegam ainda que a manutenção de contratos temporários — alguns renovados há mais de uma década — viola a Constituição Federal e a legislação municipal, que vedam esse tipo de prática quando há concurso vigente e candidatos aptos à nomeação.
Os concursados também criticam a permanência de servidores aposentados em funções que, segundo eles, deveriam ser destinadas a quem conquistou o direito por meio do certame. Para o grupo, além de ilegal, a medida impede a renovação dos quadros e a entrada de novos profissionais.
O documento ainda destaca que, mesmo após a ampliação de creches e a inauguração de novas escolas, não houve convocação de aprovados, o que, segundo os candidatos, comprova a existência de vagas ociosas. Eles defendem que a manutenção de contratos temporários prejudica a qualidade do ensino, ao gerar alta rotatividade, instabilidade e condições de trabalho precárias.
“É preciso ir além do discurso e agir com responsabilidade. Não se faz educação pública de qualidade com contratos precários. Respeitem a lei, respeitem os concursados, respeitem a educação e, sobretudo, respeitem o povo de Guanambi”, afirma o manifesto divulgado pelo grupo.
Os aprovados pedem que a administração municipal cumpra a legislação, convoque os candidatos e ponha fim à prática de contratações temporárias em áreas com concurso válido.