“Adesão de Nal Azevedo somará muito menos ao grupo de Jerônimo do que se imagina”, dizem aliados
Questionados se a chegada do prefeito Nal Azevedo ao grupo do governador provocou algum incômodo, adversários explicam que não.
GUANAMBI — A adesão do prefeito de Guanambi, Nal Azevedo (Avante), ao grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) terá menos impacto nas urnas do que se imagina. A avaliação é de aliados de Azevedo e também de adversários.
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Na visão dessas pessoas, Azevedo pode até ajudar daqui para a frente, mas o poder de fogo é pequeno. Uma pessoa próxima ao prefeito afirmou que os últimos dois pleitos mostram que, mesmo sem prefeito na cidade, os candidatos petistas foram vitoriosos.
Em 2022, Jerônimo recebeu 30.628 votos (58,84%), enquanto ACM Neto (UNIÃO) teve a preferência de 41,16% dos eleitores e registrou 21.429 votos. Em 2018, Rui Costa se reelegeu com 32.839 votos, já Zé Ronaldo (União) recebeu 8.948 votos.
Tanto para aliado quanto adversário, a união serve para Nal alocar recursos para Guanambi. Eles avaliam que Guanambi tem Ivana Bastos (PSD), que é muito presente, bem como Charles Fernandes (PSD).
Questionados se a chegada do prefeito provocou algum incômodo, adversários explicam que não. “Ele [Nal] tá chegando agora, a gente comeu poeira do Jerônimo e não existe ciúme”, lembra um opositor.
De acordo com membros do grupo, a adesão de Nal pode ter forte influência do PSD e do próprio Avante. Eles avaliam que Nal não tem reeleição, por isso, poderia apoiar um nome do PSD em 2028.
Um aliado fez questão de dizer que o governador tem números nas mãos e sabe que Azevedo não tem nada de popularidade. “Nal era adversário de Jera e isso conta muito para o governador, afinal, você tira um prefeito e enfraquece a base de Neto”, comenta.
Ainda de acordo com aliados e adversários, o número de pessoas que prestigiavam o governador com a cidade em festa foi vergonhoso. “Se não viesse o pessoal de fora, Jerônimo falava apenas para os prefeitos, sem plateia. Vamos aguardar!”, lembra.