Juiz cita discurso de ódio e perseguição política organizada por grupo digital em decisão sobre Júnio Guedes

Júnio Guedes está preso no Complexo Policial de Guanambi, conforme informação da 22ª Coorpin, aguardando audiência de custódia.

Decisão do magistrado
Decisão do magistrado

CARINHANHA — O Juiz de Direito da Comarca de Carinhanha, Arthur Antunes Amaro Neves, cita na decisão que resultou na prisão do radialista Júnio Souza Guedes, na tarde de segunda-feira (8), uma perseguição política organizada por grupo digital.

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Na decisão, o magistrado cita que o investigado enseja averiguação no âmbito criminal investigativo, que envolvem crimes de injúria, difamação, calúnia, quebra de segredo de Justiça, desobediência, e possível associação criminosa, além de condutas de propagação de fake News, notícias falsas e descontextualizadas, com a finalidade de gerar impacto político-eleitoral.

Depois de preso na tarde de segunda-feira, Guedes foi encaminhado para o Complexo Policial de Guanambi, onde aguarda o resultado de uma audiência de custódia que deve ocorre no período da tarde. Nessa audiência, o magistrado decide se o radialista será solto ou continuará preso.

Guedes é citado na reiteração delitiva no contexto de gravidade concreta, por meio de um discurso de ódio e perseguição política, não é isolada, mas integra um conjunto de ações articuladas e reiteradas de diversos integrantes de grupo digital contra as instituições atuantes nesta comarca.

O juiz esclareceu na decisão de 12 páginas que é preciso lembrar que a profissão de jornalista/radialista do acusado não o torna imune, mormente porque, o crime em questão e o descumprimento posterior, não foi praticado na condição de repórter, mas sim, na posição de parte do processo.

Na decisão do magistrado consta que no PJE, existem diversos expedientes criminais em desfavor do investigado, envolvendo medida protetiva de urgência, ações penais por crimes contra a Administração da Justiça, crimes previstos lei especial, crime no contexto de violência doméstica contra mulher (Lei Maria da Penha), crimes contra honra, além de outras investigações e representações criminais em curso.

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