Ação pedirá interdição do prefeito de Guanambi por incapacidade civil
GUANAMBI — Duas ações serão protocoladas nos próximos dias propondo a interdição que visa declarar a incapacidade civil do prefeito de Guanambi, Nilo Coelho (União Brasil). As ações serão protocoladas no Ministério Público Federal (MPF) e na Justiça.
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No documento, os autores afirmam que a sociedade está abismada com uma série de episódios públicos de confusão mental por parte do chefe do Executivo, além de uma série de provas, como declarações de secretários, membros e ex-membros da gestão municipal.
Em um trecho do documento, versa sobre a “falta de capacidade civil” do prefeito, que está com a idade de 80 anos e apresenta “evidente estado de saúde debilitado”, “confusão mental” e é “usado como fantoche”, o que causaria a nulidade dos atos praticados pelo mesmo. “O prefeito pouco despacha no gabinete, infelizmente, pela sua saúde bastante abalada, como também locomoção, os secretários são obrigados a ir até a residência do mesmo”.
Os autores dizem que o tipo de processo não é comum no âmbito do MP, mas que a medida tornou-se necessária para preservar o bem público e o interesse coletivo. O documento afirma que a população reconhece a ampla biografia de Coelho, que foi governador, deputado e prefeito por quatro mandatos, mas a população não pode ficar refém de sua biografia e desta situação.
Com a suposta “incapacidade”, a administração municipal estaria sob regência de um dos filhos do gestor, que chegou a exonerar e nomear novos secretários. “Em uma entrevista recente, o próprio secretário de saúde admitiu que foi chamado para ser secretário por um filho do gestor”, aponta uma das gravações. Um dos membros da assessoria de imprensa da gestão chegou a gravar um longo desabafo no seu programa de rádio, pedindo a família para intervir na situação.