Morre a arara considerada patrimônio cultural de Montalvânia
A dupla fazia a alegria de Montalvânia e era considerada atração turística e patrimônio cultural do município.
MONTALVÂNIA – Morre na tarde dessa quinta-feira (12), a arara-canindé, Jade, que junto com sua companheira Lara, falecida em outubro de 2021, era símbolo da cidade. A dupla fazia a alegria de Montalvânia e era considerada atração turística e patrimônio cultural do município.
Coincidentemente, as duas morreram eletrocutadas no mesmo local. Lara e Jade eram duas araras-canindé que faziam parte do cotidiano de Montalvânia. Há cerca de 13 anos as aves chegaram ao quintal de uma família, fizeram seus ninhos num buraco de uma palmeira e por lá ficaram. As duas nunca viveram presas em gaiolas, viviam soltas pela casa e pela cidade. Faziam parte da família e tinham amor, atenção e cuidados de todos.
Saiam de casa logo pela manhã e voltavam ao entardecer. Quase toda a população da cidade as conhecia, sabia seus nomes e se divertia com a algazarra e travessuras das duas.
Bonitas, cativantes, inteligentes e sociáveis, elas também eram cheias de personalidade. Grandes voadoras e muito apegadas ao meio em que vivem, incluindo seus locais de alimentação, adoravam receber atenção e possuiam forte vínculo com seus “familiares”.
Suas visitas eram motivo de alegria para muita gente. As pessoas se sentiam privilegiadas e faziam festa quando Lara e Jade apareciam. Muitas fotos das famosas ararinhas cochaninas já foram postadas em redes sociais.
Em 201 a ararinha Lara, a mais calma das duas, foi encontrada gravemente ferida, o que causou grande comoção na cidade. Mas, devidamente cuidada, se restabeleceu e voltou a sua vida normal.
Em 2021 as duas araras se transformaram em símbolo da gestão pública municipal. E em outubro desse mesmo ano a arara Lara morreu eletrocutada, Depois da morte de Lara, Jade perdeu a alegria e voava pouco, era sempre vista andando pelas ruas da cidade, como se estivesse triste e sentindo a falta da companheira de toda uma vida. E hoje (12/1), vai se juntar a sua eterna companheira, deixando toda uma cidade triste com sua partida.
Montalvânia perde um de seus maiores símbolos.
Os cochaninos e visitantes sentirão falta de suas presenças, seus voos rasantes, suas visitas, algazarras e travessuras.
Por: Fernando Abreu